A juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal de Goiânia, designou, nesta sexta-feira (9), as audiências dos 35 acusados envolvidos na operação Cadeia do Crime, uma grandiosa e sofisticada organização criminosa, comandada de dentro da Penitenciária Odenir Guimarães (POG) e da Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia. Além deles, serão ouvidas oito testemunhas arroladas pela acusação e 22 pela defesa.

A quadrilha seria responsável por delitos de furto, roubo, receptação, clonagem de automóveis (adulteração de sinais identificadores de veículos), falsificação de documentos públicos e particulares, extorsão e estelionatos (via telefone, golpe bença-tia), tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Em razão do grande número de pessoas a serem ouvidas, as entrevistas foram marcadas para os dias 27 de novembro e 3, 4 e 7 de dezembro, no Fórum Fenelon Teodoro Reis (Jardim Goiás). No dia 27, às 9 horas, serão ouvidas as vítimas e inquiridas as testemunhas do rol acusatório. Aquelas arroladas pelas defesas técnicas serão interrogadas em duas etapas, metade no dia 3, às 9 horas, e o restante no dia 4, no mesmo horário. No dia 7, às 9 horas, serão realizadas as qualificações e interrogatórios dos acusados.

Operação
A organização foi desbaratada pela Operação Cadeia do Crime, deflagrada pelo Ministério Público estadual (MP) no dia 10 de julho. De acordo com o Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pelo caso, existiam cinco núcleos que interagiam entre si e intercomunicavam-se. Na linha de frente estava a comissão de “batedores”, sempre armados e encarregados dos roubos de veículos automotores e pelas extorsões mediante sequestro.

Os “corretores” faziam as encomendas e a negociação dos veículos roubados. Em seguida, os “despachantes” encomendavam as alterações documentais e estruturais, que eram feitas pelos “adulteradores”. Por fim, os “laranjas” forneciam os esconderijos para os carros e cediam suas próprias contas bancárias para serem utilizadas nos golpes “bença-tia”, nas extorsões mediante sequestro e na captação de dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

Os envolvidos no caso são Cristiano Cândido da Silva, Fábio de Souza, Hércules Matos Alves, Fernando Rodrigues Nogueira, Priscila Jones Paranaíba, Paulo José Pinheiro, Marco Antônio Pinheiro, Diego Carlos Delgado Gomes da Silva, Johnatan Costa Sales, Leandro Ferreira de Franca, Gilson Alves Cabral, Weuler Tavares Pinheiro, Paulo Vinício Ramalho Barbosa, Alair Carvalho de Oliveira, William Seichas Silva Barbosa, Ênio Alves dos Santos, Marcelo Esperandir, Judeci Ferreira Lima, Zilda Nunes Pedro Lima, Leonardo Da Vinci Barbosa Braz, Rafael Souza da Silva, Gesiane Fernanda de Melo, Classenir Aparecida Coutrin Felício, Kauana Custódio de Menezes, Valdivino Lemes da Silva, Ludmila Evelyn Nigre de Almeida, João Rodrigues Nogueira, Fabiana José Pinheiro, Wanessa Neves Rodrigues, Wilson Creser Queiroz Pereira, Cleide Guimarães Queiroz, Paulo Fabrício Guimarães Queiroz, Adriana Pereira Oliveira, Vanessa Deusiane Mendes da Silva e Dewel Elias Ribeiro. (Texto: Aline Leonardo – Centro de Comunicação do TJGO)