Acusado de matar Felipe Silva Bomjardim, em 6 de dezembro de 2011, no Posto Chafariz, no Setor Bueno da capital, Pedro Henrique Alves Guimarães confessou o homicídio, mas alegou legítima defesa putativa, ou seja, ele imaginou que seria agredido e, por isso, revidou. O júri é presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara.

Segundo ele, no dia do crime, na Boate Full Time, localizada na BR-153, ele chamou Uyara, uma moça com quem havia iniciado um relacionamento amoroso, para ir embora. Ela estava no local com amigas e um rapaz chamado Bruno, que teria se irritado com isso e começado a bater nele, ajudado por Felipe.

Ainda de acordo com Pedro Henrique, os rapazes o ameaçaram de morte. Ele, então, acompanhado de Edilon Santana Lobato e alguns amigos, saíram da boate e foram para uma lanchonete ao lado do Posto Chafariz. Ao chegar lá, com medo das ameaças, pegou uma arma que estava no porta-luvas do carro e desceu armado. Nesse momento, viu Felipe dentro de um segundo veículo e foi conversar com ele.

“Não deu tempo de dizer nada, pois quando me aproximei, ele fez menção de pegar alguma coisa. Eu tirei a arma para intimidá-lo e ele se agarrou nela. Começamos a brigar e a arma disparou”, contou ele, contradizendo a denúncia, que afirma que ele teria desferido seis tiros em Felipe, sem dar-lhe qualquer chance de defesa.

Pedro Henrique admitiu, ainda, ter ingerido bebidas alcoólicas e “bala”, nome vulgar de LSD. Ele contou também que era usuário de maconha, especialmente, quando frequentava festas nos fins de semana.

Questionado pela promotoria, ele negou ter esperado Felipe sair da boate e segui-lo até o Posto Chafariz para matá-lo e também ser o responsável pelos tiros que Alan Richard levou em outra ocasião. Pedro Henrique afirmou não ter sido ele o autor do assassinato de Antônio Carlos Pereira, em 6 de fevereiro de 2011. No entanto, ele assumiu que já havia sido acusado pela polícia de traficar drogas na região onde morava. (Texto: Aline Leonardo – Centro de Comunicação Social do TJGO)