O juiz Rodrigo Rodrigues Prudente, da 2ª Vara Cível, Fazendas Públicas e Ambiental de Valparaíso de Goiás, determinou o afastamento cautelar do policial militar Antônio Souza Barros de suas funções, até julgamento de mérito da ação. Ele foi acusado de envolvimento na exploração de jogos de azar em estabelecimento comercial.

A medida foi tomada em ação civil pública proposta pelo Ministério Público de Goiás (MP), por suposto ato de improbidade administrativa praticado pelo soldado.

Para o magistrado, por ser policial o réu poderá influenciar as testemunhas e atrapalhar a plenitude da instrução processual.  “Portanto, a presente medida se justifica eis que, no caso sob exame, em que existem elementos concretos de convicção acerca do perigo de lesão à regular instrução processual, a manutenção do réu na função pública implica em uma ameaça à própria segurança da coletividade”, frisou.

Consta do autos que, durante uma abordagem policial, foi dada voz de prisão ao proprietário do Bar do Pedrão, localizado na Vila Guaíra, em Valparaíso de Goiás. O local é conhecido por ser ponto de venda de entorpecentes e prática de outros crimes. Ao ser questionado sobre a origem das máquinas que ali estavam, o dono do local afirmou que elas pertenciam a um policial militar chamado Barros e conhecido como “Kiko”, que também trabalhava como segurança particular em um supermercado. Em seguida, o proprietário apresentou um caderno com o nome e telefones do referido policial.

O dono do bar afirmou que era analfabeto e que os dados encontrados foram escritos pelo próprio policial. Além disso, o saldado teria dito ao dono do bar que caso houvesse qualquer fiscalização no local ele deveria ser informado imediatamente. (Texto: Arianne Lopes – Centro de Comunicação Social do TJGO)