A juíza Placidina Pires, da 10ª vara Criminal de Goiânia, recebeu, nesta segunda-feira (13), denúncia contra cuidadora que maltratava idosa de 68 anos.

A mulher foi denunciada pela suposta prática de tortura. De acordo com a magistrada, a vítima, em razão de sua idade e condição de saúde, não conseguia se defender da violência. "Ela usou de tapas, uso excessivo de força ao pegar a vítima e limpá-la, teria causado intenso sofrimento físico e moral à idosa, com a intenção de aplicar castigo pessoal, já que não havia motivos aparentes para as agressões", ressaltou.

De acordo com os autos, a idosa de 68 anos, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), que a deixou dificuldade de locomoção e sequelas na fala. “Embora seja lúcida, a idosa não consegue ficar sozinha na cama ou cadeira de rodas. Além disso, não pode se comunicar, soltando apenas alguns grunhidos e gemidos”, consta da denúncia.

A idosa estava sob a guarda da mulher, que trabalhou na residência por dois meses como cuidadora. Porém, conforme os autos, as agressões foram descobertas pelos filhos da senhora, que, desconfiados, instalaram câmeras por toda a residência, após notarem hematomas no corpo dela, nos pés, panturrilhas, quadril, parte anterior da perna, ombros e unhas dos pés.

As filmagens mostraram que, a mulher dada vários safanões e empurrões na vítima, quando as duas estavam sozinhas na cozinha da casa. Teve momento em que a denunciada limpou o pé da idosa com um pano e, em seguida, passou o referido pano com força na boca da vítima.

Em seguida, a idosa foi levada para o quarto, onde ficou na cama. Após alguns minutos, a acusada, demonstrando raiva, deu um tapa forte nas pernas da vítima e, quando foi trocar a fralda dela, protagonizou uma série de agressões, sempre utilizando força desmedida no trato contra a idosa, empurrando seu rosto contra a parede e puxando seu braço com bastante força.

No mesmo dia das agressões, a mulher deixou a idosa inclinada na cama, sozinha, demonstrando falta de cuidado, momento em que a vítima perdeu o controle do corpo e sofreu uma queda, fraturando o nariz e sofrendo vários hematomas nas pernas e rosto. (Texto: Arianne Lopes – Centro de Comunicação Social do TJGO)