Sob a presidência do juiz Leonardo Fleury Curado Dias, o Tribunal do Júri de Aparecida de Goiânia, condenou, nesta segunda-feira (13), a 45 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, cinco réus pela morte de Leonardo Rodrigues Pareja, Veriano Manoel de Oliveira Filho, Grimar Rodrigues de Souza, e Marco Aurélio Teixeira Pires. Foram condenados Eduardo Rodrigues de Siqueira, Eurípedes Dutra Siqueira, José Carlos dos Santos, Ivan Cassiano da Costa e Raimundo Pereira do Carmo Filho. O júri faz parte da Semana Nacional do Júri, realizada entre 13 e 17 de abril em todo o País.

 

Pelo assassinato de Pareja, Veriano e Grimar, os réus foram punidos com 13 anos de reclusão (cada crime) e pela morte de Marco Aurélio a pena imposta foi de 6 anos e 6 meses de prisão, totalizando, assim, 45 anos e 6 meses de prisão. Ao dosar a pena e avaliar o contexto, o magistrado determinou que Eduardo Rodrigues e Raimundo Pereira permaneçam presos, assim como em todas as fases do processo, para assegurar a aplicação da lei penal e garantir a ordem pública, uma vez que vislumbrou a possibilidade deles fugirem e praticarem novos delitos. Com relação a Eurípedes Dutra, José Carlos dos Santos e Ivan Cassiano, que se encontram foragidos, o juiz mandou expedir de imediato os mandados de prisão dos sentenciados, com o mesmo posicionamento anterior imposto a Eduardo e Raimundo.

O crime

O crime ocorreu há 18 anos, em 9 de dezembro de 1996, nas dependências do antigo Cepaigo, em Aparecida de Goiânia. Segundo a denúncia formulada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), Pareja, Veriano, Grimar e Marco Aurélio foram mortos com golpes de faca, “chuchos” e disparos de armas de fogo, conforme comprovou os laudos de exames cadavéricos. Pareja ganhou fama nacional após comandar uma rebelião no antigo Cepaigo e ter rendido na época várias autoridades mantendo-as como reféns por vários dias durante visita ao complexo prisional. (Texto: Myrelle Motta - Centro de Comunicação Social do TJGO)