O policial militar Hélio Vieira Costa será ouvido na sexta-feira (4), às 14h30, em audiência presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, no processo que apura os homicídios dos sogros Raimundo Nonato da Silva e Maria Margarete Barbosa Silva e do cunhado Máximo Silva e lesões corporais na companheira Sarah Silva. Segundo denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), os crimes ocorreram por volta da meia-noite do dia 21 de janeiro de deste ano, na Rua Domingos Alves de Castro, no Setor Rio Formoso.

Segundo a denúncia do MPGO, os sogros e o cunhado de Hélio Costa moravam com ele por estarem de mudança de Santo Antônio do Descoberto para Goiânia. No dia dos crimes, o policial militar deu início a uma discussão com a mulher por ciúmes. Ele começou a proferir palavras de baixo calão, o que desagradou os sogros. De acordo com a denúncia, ao invés de acalmar-se com a intervenção de Raimundo Nonato e Maria Margarete, ele sacou de sua arma e atirou em Sarah Silva, que foi atingida no braço.

A mulher, os sogros e o cunhado do policial militar saíram correndo em direção a um dos quartos da casa. Hélio Costa atingiu Maria Margarete com dois disparos. Em seguida, alvejou Raimundo Nonato nove vezes. Ele tentou entrar no quarto em que Sarah Silva se escondeu com os três filhos do casal e Máximo. Como não conseguiu invadir o cômodo, ele saiu do local.

Máximo Silva, que tinha 11 anos à época dos fatos, ao perceber que Hélio Costa havia saído, correu em direção ao corpo do pai. Em seguida, notou que o policial militar havia voltado e correu para dentro do quarto e escondeu-se sob a cama, mas foi atingido na cabeça com um tiro disparado à curta distância.

Depois de cometer os crimes, de acordo com denúncia do MPGO, Hélio Costa obrigou a mulher e os três filhos a fugirem com ele. Sarah Silva foi deixada na porta de um hospital e o militar empreendeu fuga, mas foi preso e está recolhido no 1º Batalhão da Polícia Militar. (Texto: João Carlos de Faria/Foto: Aline Caetano)