Ubiratan Guilherme Digues de Lima foi condenado a 28 anos e seis meses de reclusão pelo homicídio, estupro e ocultação do cadáver de Adriana Nunes de Souza. Após ser assassinada, a mulher foi colocada dentro de uma mala e lançada num córrego entre os setores Vila São Joaquim e Santos Dumond, em Aparecida de Goiânia. A sessão do Tribunal do Júri foi realizada nesta quarta-feira (18), presidida pelo juiz Leonardo Fleury Curado Dias.

O crime aconteceu no dia 23 de fevereiro do ano passado. Segundo a denúncia, o acusado, após violentar sexualmente a vítima, provocou sua asfixia. Na sentença, o magistrado considerou que o réu agiu de forma premeditada e com dolo intenso, uma vez que Adriana estava com problemas familiares e não tinha onde ficar, assim, ele aproveitou da situação de vulnerabilidade dela e a convidou para se hospedar em sua residência, no Setor Santo Antônio.

Para a pena, o juiz ponderou que “o réu é uma pessoa imputável, tinha conhecimento de seus atos, era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento”. As consequências do crime, por sua vez, também foram gravíssimas, “demonstrando perfídia maldade (quanto ao estupro)” e ainda “trouxe grande sofrimento aos familiares da vítima, quanto à demora na localização do corpo, dificultando, também, o trabalho da perícia”, em relação à tentativa de se livrar do cadáver, ao lançá-lo no córrego. Veja sentença. (Texto: Lilian Cury - Centro de Comunicação Social do TJGO)