A 1ª Unidade de Processamento Judicial (UPJ) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás foi inaugurada, nesta sexta-feira (13), pelo presidente Walter Carlos Lemes, o corregedor-geral da Justiça do Estado de Goiás, desembargador Kisleu Dias Maciel Filho e pelo diretor do Foro da comarca de Goiânia, juiz Paulo César Alves das Neves. A solenidade também contou com a presença dos juízes auxiliares da Presidência, Cláudio Henrique Araújo de Castro e Fabiano Abel de Aragão Fernandes; o coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), o juiz Romério do Carmo Cordeiro; o diretor-geral do TJGO, Rodrigo Leandro da Silva; o procurador-geral do município, Brenno Kelvys, magistrados, diretores e servidores do Judiciário goiano.

O projeto piloto começa com a unificação das seis varas de família da comarca de Goiânia. Walter Carlos Lemes disse que" o momento é de buscar soluções de inteligência e informatização para aprimorar o trabalho. Não podemos ter medo de enfrentar o novo. E com a equipe de magistrados e servidores que temos, é possível tornar o Judiciário goiano mais moderno”, destacou o desembargador-presidente, adiantando que a gestão estuda o projeto de uma central de atendimento judicial, para que magistrados possam atender comarcas que estão desprovidas de titulares.

Na oportunidade, Walter Carlos Lemes fez um breve balanço do seu primeiro ano à frente da presidência do TJGO, destacando que, em 2019, o número de processos arquivados no Judiciário goiano foi superior ao de novos processos distribuídos. Ele atribuiu o resultado à atuação dos juízes e servidores e ao avanço na área de informática, um dos pilares da sua gestão. O presidente ainda ressaltou o trabalho em conjunto com a Corregedoria e o bom diálogo entre o Judiciário e os demais poderes. “Minha gestão é a da harmonia e da aproximação com os poderes Executivo e Legislativo, Ministério Público, OAB e demais instituições. Com esse diálogo é possível encontrar soluções”, disse, anunciando aos presentes que a proposta do Executivo para aumentar a alíquota da previdência foi revertida por conta dessa interação.



As ações sociais também foram citadas pelo presidente, como a doação de objetos apreendidos e de bens móveis, do próprio TJGO, que serão substituídos. “Para finalizar, quero desejar a todos um Natal feliz, de paz, harmonia e que possamos olhar para 2020 com esperança. Um ano novo de sucesso!”, encerrou o presidente.

Para o corregedor-geral da Justiça do Estado de Goiás, desembargador Kisleu Dias Maciel Filho, a informatização e projetos, como o da UPJ, são o caminho para a Justiça. “Tenho 36 anos de magistratura e vejo que não há caminho diferente ao que estamos fazendo aqui hoje. Parabenizo os envolvidos por tornarem esse projeto possível. Espero que tenhamos um resultado favorável e possamos, cada vez mais, prestarmos um serviço melhor para a população”, ressaltou o corregedor-geral.

1ª UPJ
“A entrega mais qualificada com a especialização do atendimento nas varas de família é uma forma de trabalhar melhor com o que temos. Essa é uma experiência que já existe em outros Estados do País, e a tendência é migrarmos para outras áreas também e consolidarmos essa nova forma de trabalho”, enfatizou o diretor do Foro da comarca de Goiânia, juiz Paulo César Alves das Neves. Ele também afirmou que a comarca de Goiânia serve como uma vitrine para o Estado, pois conta com quase 130 juízes e movimenta 40% dos processos do Judiciário goiano. “Agradeço o apoio do presidente e do corregedor às ações da Diretoria do Foro. Temos trabalhado para melhorar nossa estrutura e fornecer uma melhor prestação jurisdicional”.

Designado como coordenador da 1ª UPJ, o juiz William Fabian de Oliveira Ramos enalteceu a coesão dos juízes das varas de família para a implantação desse projeto inovador e disse que a mudança é necessária para o Judiciário avançar diante dos novos desafios. O magistrado evidenciou os benefícios com a implantação da UPJ.“É uma mudança da forma de trabalho, padronização, otimização das rotinas, uniformização de procedimentos, gerando um ganho de produtividade e redução de tempo de entrega do serviço da escrivania”. De acordo com ele, a experiência é de muito sucesso em alguns Estados, principalmente em São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde a melhora em números gerais é de 30% na produtividade e na redução do prazo de entrega dos procedimentos da escrivania. (Texto: Daniela Becker  / Fotos: Wagner Soares - Centro de Comunicação Social do TJGO).

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