A comerciante Sueide Gonçalves da Silva foi condenada a pena de 17 anos de reclusão e seu filho, também comerciante, Willian Divino da Silva Moraes foi condenado a 15 anos de prisão, ambos a serem cumpridos em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado contra a cozinheira Marizete de Fátima Machado, que trabalhava como cozinheira em uma pamonharia. O julgamento foi realizado nesta quarta-feira (22) pelo 2° Tribunal do Júri de Goiânia, em sessão presidida pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira. A sentença foi lida pelo magistrada por volta das 19h30. 

O crime teve grande repercussão na mídia e ficou conhecido como o Caso da Pamonharia porque, segundo a polícia, a motivação seria concorrência com uma pamonharia vizinha.

O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e a autoria do crime e rejeitou a tese da defesa de que Sueide agiu sob o domínio de violenta emoção, seguida a injusta provocação da vítima. Reconheceu as três qualificadoras imputadas contra ela e outras duas contra seu filho. Para os jurados, ela “agiu de maneira preordenada, premeditadamente, impondo à vítima um imenso sofrimento, ao apanhá-la e obrigá-la a adentrar o veículo, levando-a para local ermo, fora da cidade, dando-a ciência do impiedoso propósito de dar-lhe fim ao seu bem jurídico e humanamente mais importante, a vida”. Além disso, considerou seu “injustificado ódio da vítima”, que a levou, inclusive, a arrastar o próprio filho para este empreendimento criminoso.

 Lembrando o caso

O crime ocorreu no dia 29 de março de 2015 e, segundo a denúncia, a vítima foi abordada pelo casal, que a colocou em uma caminhonete e a levou até um matagal no município de Abadia de Goiás, região metropolitana da capital. Marizete conseguiu pedir socorro e foi encaminhada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois. (Texto: Arianne Lopes e Mariana Hipólito – Centro de Comunicação do Social do TJGO)