Adriano Pantoja do Rosário, acusado de matar a ex-namorada Luciene Ribeiro Vieira, vai ser julgado nesta quinta-feira (3) a partir das 8h30, em sessão do 1º Tribunal do Júri, presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. O julgamento faz parte do Mês Nacional do Júri.

Durante todo o mês de novembro, os Tribunais de Justiça participam de uma mobilização nacional do sistema de Justiça brasileiro para levar a julgamento acusados de crimes dolosos contra a vida, ou seja, homicídios e tentativas de homicídio. A iniciativa é dos órgãos integrantes da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), parceria que une o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Ministério da Justiça.

Nesta primeira semana, serão julgados processos de feminicídio. No caso desta quinta-feira, consta dos autos que o réu estava inconformado com o término do relacionamento de três anos com Luciene e passou a persegui-la e a ameaçá-la. A mulher teria, inclusive, se mudado de residência e não avisado o ex-namorado. Contudo, ele descobriu o endereço e passou a vigiá-la.

Na manhã do dia 28 de setembro de 2015, cerca de dois meses após o fim do namoro, Adriano estava em frente à casa de Luciene, quando viu uma motocicleta, dirigida por um homem, deixando a ex-namorada. Ele teria esperado o homem ir embora e foi tirar satisfações com a mulher, quando discutiram. Consta da denúncia que, de forma inesperada, o réu golpeou a mulher com uma faca, várias vezes, na região do pescoço e fugiu. Luciene morreu no local.

Dados

O Mês Nacional do Júri substitui a Semana Nacional do Júri, realizada anualmente desde 2014. No ano passado, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) ficou em primeiro lugar na realização de julgamentos na Segunda Semana Nacional do Júri, com 318 sessões efetuadas, conforme balanço divulgado pelo CNJ. Em Goiás, foram julgados os crimes dolosos contra a vida distribuídos até 31 de dezembro de 2009. Anápolis foi escolhida como a Comarca Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp) em 2015, devido ao número de processos que se encaixavam na Meta Enasp. Em seguida, em abril do ano passado, duas comarcas goianas receberam o Selo Ouro Enasp concedido pelo CNJ: Piracanjuba e Goiandira. (Texto: Lilian Cury – Centro de Comunicação Social do TJGO)