A conciliação e mediação desenvolvida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) serão adotados como base de projetos semelhantes no Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC). A juíza auxiliar do Tribunal acreano, Nirla Regina da Silva, visitou nesta quinta-feira (4), o 3º Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da comarca de Goiânia, instalado na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

Acompanhada do juiz-auxiliar da Presidência do TJGO, Romério do Carmo Cordeiro, e do coordenador adjunto do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), juiz Aureliano Albuquerque de Amorim, a magistrada conheceu as instalações e o Projeto Constelação Familiar, desenvolvido no 3º Cejusc, que consiste no exercício da mediação familiar sob perspectiva interdisciplinar e multidirecional, envolvendo profissionais e acadêmicos do Direito e da Psicologia.

Segundo a juíza auxiliar da Presidência do TJAC, ela e a presidente do TJAC, desembargadora Maria Cezarinete Angelim, escolheram o Tribunal goiano pelas boas práticas adotadas na área da conciliação. “Em razão do novo Código de Processo Civil é necessária a implantação de uma estrutura de conciliação para a resolução dos conflitos do Tribunal acreano. O TJGO saiu na frente e alcançou destaque nessas práticas, então foi escolhido para visitarmos e conhecermos os projetos para implantá-las no Estado do Acre”, salientou.

O que também chamou a atenção da magistrada foi o alto índice de acordos alcançados. Somente este ano, Goiás liderou novamente em audiências: foram mais de 98 mil, resultando em 96 mil acordos, o que representa índice de 99,8% em resolução de conflitos. “Além da metodologia usada pelo Tribunal de Goiás, o que mais chama a atenção são os elevados índices de conciliação que superam a meta, porque normalmente ficam entre 40% e 50% e aqui o número é bem alto. Acredito e reputo que isto acontece em razão das técnicas utilizadas”, destacou.

Ao fazer um balanço da visita ao TJGO, Nirla da Silva ressaltou espírito inovador do tribunal. “Estou saindo encantada de Goiás porque eu vi que o TJGO está com o índice de inovação muito alto. Foi proveitosa a visita porque eu consigo perceber que ele caminha em direção a práticas inovadoras, o que não vi ainda em outros tribunais. É preciso adotar medidas alternativas, outros caminhos”, enfatizou.

Também participaram do encontro a psicóloga Rosângela Montefusco, mediadora e professora da PUC-GO, e Wellington de Bessa, coordenador-geral do Núcleo de Prática Jurídica da PUC-GO. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Hernany César – Centro de Comunicação Social do TJGO)