O juiz Jesseir Coelho de Alcântara (foto), da 1ª Vara Criminal de Goiânia, mandou a júri popular o morador de rua Diego da Silva Sousa, acusado de tentar matar Cláudia Rodrigues da Silva, em 28 de outubro de 2013, no Setor Central, em Goiânia.

De acordo com o juiz, a materialidade do fato ficou comprovada nos autos, já que a vítima, que foi atingida de forma repentina, correu risco de morte. Diego negou que tivesse tentado matar Cláudia, mas não apresentou provas de suas alegações. De acordo com o magistrado, compete ao Tribunal do Júri decidir o caso.

O Ministério Público (MP) pediu a pronúncia de Diego, enquanto sua defesa requereu a desclassificação do crime de tentativa de homicídio para lesão corporal e, ainda, a retirada das classificadoras, circunstâncias que aumentam a pena. O magistrado, contudo, não desclassificou o crime, e manteve as classificadoras, uma vez que Diego tentou matar a mulher por motivo fútil e utilizando de recurso que impossibilitou a defesa de Cláudia.

A denúncia

Conforme denúncia, no dia do ocorrido, Paula, que era moradora de rua, recebeu 10 reais de Diego, para comprar um cigarro de maconha. Na hora marcada, ele a abordou e cobrou a droga ou o dinheiro, mas ela não possuía nenhum dos dois. Com um pedaço de madeira, Diego a ameaçou de morte e, em seguida, atingiu Cláudia com aproximadamente seis pauladas, machucando sua cabeça, testa e braço. O policial militar Marcelo Antônio, que estava de serviço nas proximidades do local, entrou em luta corporal com Diego, que só cessou as agressões após ser imobilizado. Cláudia foi socorrida e conduzida ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). (Texto: Brunna Ferro - estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)