Sob a presidência do juiz Wilker André Vieira Lacerda (foto), o Tribunal do Júri de Luziânia condenou nesta quarta-feira (7) o caseiro Antônio Assis do Nascimento, o Tonico, a 12 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela morte brutal de Alessandro Pereira dos Santos.

Segundo a denúncia, após relatar que vinha recebendo várias ameaças da vítima, o acusado decidiu assassiná-la, munindo-se, assim, com uma pistola 380 e um revólver calibre 58 para cometer o crime. Depois de planejar a morte de Alessandro, o denunciado, conforme descreve o Ministério Público, saiu à sua procura e, ao encontrá-lo com sua companheira em um bar, o seguiu até a porta da sua casa e, sem qualquer discussão, atirou 11 vezes contra ele. Mesmo com a vítima já caída no chão após os primeiros quatro tiros, o réu se aproximou e continuou com os disparos sem se importar com os pedidos desesperados da mulher de Alessandro para que parasse de atirar. Mediante tal ato de violência, ele não resistiu e morreu em seguida.

O julgamento aconteceu durante o projeto Mutirão do Júri que teve início na comarca desde segunda-feira (5) e se estende até amanhã (9). A execução dos júris é feita em parceria pela Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJGO) e Presidência do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). O mutirão atende à Meta 4 da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre o julgamento de todas as ações penais que receberam denúncia relativa a crimes dolosos contra a vida em data anterior a 31 de dezembro de 2009.

A meta é compartilhada também com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO). No ano passado, o Tribunal goiano conquistou o ranking nacional no cumprimento desta meta e alcançou o terceiro lugar na 1ª Semana Nacional do Júri, promovida pelo CNJ e Enasp.

Em Luziânia, a previsão é de que sejam realizados 20 júris em cinco dias, cujas sessões são presididas pelos juízes Wilker André Vieira Lacerda, Alice Teles de Oliveira, Soraya Fagury Brito e Felipe Levi Jales Soares. Durante o mutirão são feitos dois júris por dia e formadas bancas com a presença de um juiz, um promotor de justiça, advogados e servidores da Justiça. (Texto: Myrelle Motta - assessoria de imprensa da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás)