Dando sequência ao rol de julgamentos promovidos nesta semana durante o Mutirão do Júri, o Tribunal do Júri de Novo Gama condenou nesta terça-feira (13) o auxiliar de cozinha Antônio Marcos de Almeida a 15 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela morte da própria mulher Edineide Melo da Silva. A sessão foi presidida pelo juiz Felipe Levi Jales Soares (foto), que já atuou na Semana Nacional do Júri, no Mutirão do Júri de Luziânia e que agora está à frente de vários júris em Novo Gama.

 

 

Segundo a denúncia, o crime aconteceu na noite de natal de 25 de dezembro de 2000, por volta das 22 horas. Inconformado com o pedido de separação de Edineide, conforme relatado nos autos, Antônio, munido de uma faca, golpeou várias vezes a vítima que, ao tentar se defender, recebeu várias facadas nas mãos e nos braços. Os gritos de socorro da mãe acabaram por acordar o filho mais velho que saiu em busca de ajuda na vizinhança. Contudo, o réu continuou com os atos de violência até certificar-se de que sua mulher estava morta. Embora a polícia militar tenha sido acionada pelos vizinhos, Edineide foi encontrada sem vida.

 

Neste mês, o Mutirão do Júri alcança duas grandes comarcas do Entorno de Brasília: Luziânia e Novo Gama. O programa dá cumprimento à Meta 4 da Estratégia de Segurança Pública (Enasp), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre o julgamento de todas as ações penais que receberam denúncia relativa a crimes dolosos contra a vida em data anterior a 31 de dezembro de 2009. A meta é compartilhada pela Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJGO), Presidência do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), Ministério Público de Goiás (MP-GO) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO). (Texto: Myrelle Motta – assessoria de imprensa da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás)