Em Luziânia, 43 crianças e adolescentes estão acolhidos institucionalmente e, desses, 13 aguardam adoção sem, contudo, pretendentes cadastrados. Para mudar essa realidade e dar uma perspectiva de lar aos menores, a titular do Juizado da Infância e Juventude da comarca, juíza Célia Regina Lara, realizou nesta terça-feira (28) uma reunião sobre busca ativa de adotantes, como parte da programação do Dia Nacional da Adoção, no último sábado.

“Sabe-se que um dos grandes desafios da adoção no Brasil é aproximar os pretendentes à adoção das crianças e adolescentes em condições de serem adotados. Hoje em dia o que temos é um significativo número de pretendentes devidamente habilitados e diversas crianças e adolescentes destituídos do poder familiar e em condições de adoção, mas que ainda não encontraram uma família”, destacou a magistrada.

Cientes da necessidade do diálogo com os diversos atores da rede de proteção, a juíza iniciou a reunião convidando todos os presentes - Ministério Público do Estado de Goiás, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Luziânia, conselheiros tutelares, equipes técnicas, coordenadores das instituições de acolhimento e servidores do Juizado - a refletirem sobre a importância da convivência familiar e a necessidade do empenho de toda a rede, na tentativa de colocação dos acolhidos em família substituta, sem que haja exposição excessiva da imagem e violação de direitos.

Para a magistrada, o próximo passo será a realização de círculos restaurativos com as crianças e adolescentes acolhidos institucionalmente, a fim de que eles sejam ouvidos e participem do debate e proposição de alternativas que promovam medidas afirmativas capazes de garantir seu direito constitucional à convivência familiar e comunitária. (Texto: Lilian Cury - Centro de Comunicação Social do TJGO)