Aproximadamente 450 pessoas participaram, nesta quinta-feira (1º), do Programa Acelerar – Núcleo Previdenciário, na comarca de Nerópolis. A iniciativa é do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e tem como objetivo tornar ágil o julgamento de ações repetitivas e complexas, neste caso, previdenciárias. Com o trabalho concentrado de sete juízes, servidores da SGE do TJGO e do Fórum local, foram realizadas 133 audiências.

Durante todo o dia, partes, advogados e testemunhas foram atendidas nas bancas montadas no Fórum da cidade e presidida pelas juízas de Nerópolis Laura Ribeiro de Oliveira – diretora do Foro – e Vanessa Rios Seabra, e, também, pelos magistrados Eduardo Peruffo e Silva; Pedro Henrique Guarda Dias; Paulo Roberto Paludo; João Corrêa de Azevedo Neto e Filipe Luís Peruca.

Durante a abertura dos trabalhos, a diretora do Foro local, juíza Laura Ribeiro, frisou aos participantes que a intenção é que os processos pautados para o mutirão sejam julgados. “As partes já saem daqui com uma decisão, com processo resolvido”, ressaltou. Ela também agradeceu os colegas que vieram de outras comarcas para ajudarem na força-tarefa.

Casos
Dalila Pereira Durval, de 62 anos, não escondeu a alegria de ter sido aposentada. “Até hoje, na minha vida, eu tive duas conquistas: vencer o câncer e agora ser aposentada”, afirmou, ao lembrar que há sete anos descobriu que estava com câncer no intestino, mas antes de começar a quimioterapia ela foi curada. Além da doença, a idosa diz que nasceu com a perna direita que, segundo ela, “é mais fina e mais curta”.

Ela mora sozinha e disse que com o dinheiro que passará a receber vai cuidar de sua saúde. “Vou poder comprar meus remédios direito e cuidar de mim”, ressaltou. Segundo Daila, desde que sua mãe morreu, ela vem passando por dificuldades financeiras.“Ela era tudo para mim e me ajudava. Tenho um filho que casou e me liga uma vez no ano”, desabafou. “Agora é deitar, sonhar e realizar”, completou.

Mesmo sem entender o que estava fazendo no Fórum, Brayan Rodrigues dos Santos, de 5 anos, sorria para todos que passavam por ele. Ele teve direito ao benefício assistencial da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas). A criança possuiu uma anomalia congênita - malformação – na mão direita. “Ele nasceu com isso e depois descobrimos que ele é autista”, contou a mãe do garoto, Jéssica Oliveira dos Santos.

O dinheiro do benefício será usado para o tratamento de Brayan. “Ele precisa fazer um exame para saber qual o grau de autismo dele e de acompanhamento com fonoaudióloga, psicóloga e neuropediatra”, afirmou. A mãe da criança contou que está desempregada e quem a ajuda são os avós. “Veio em uma boa hora. Às vezes eu arrumo uma casa, outra ali, mas o dinheiro não dá”, finalizou. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Aline Caetano – Centro de Comunicação Social do TJGO)