Pessoas com algum tipo de deficiência física ou intelectual poderão prestar serviços voluntários no Poder Judiciário goiano. Os diretores de Foro das comarcas de Goiás foram comunicados da institucionalização do projeto Com Viver, deferida pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) desembargador Walter Carlos Lemes, em junho de 2019, e receberam os documentos para conhecimento do, agora, programa Com Viver.

O Com Viver consiste na inclusão de pessoas com deficiência, de ordem física e intelectual, especialmente as que têm deficiências associadas a déficits cognitivos – como as síndromes de Down, de Asperger, de Williams e autismo – para o exercício de atividades exclusivamente voluntárias. A iniciativa é dos magistrados da comarca de Cristalina, Priscila Lopes da Silveira e Thiago Inácio de Oliveira, e foi implantada em 2018. De acordo com o regulamento do projeto, o “objetivo principal é proporcionar o desenvolvimento dos especiais mediante primeira experiência profissional, de natureza voluntária, e será executado em estrita consonância com o regulamento do serviço voluntário já existente no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.”

A solicitação para institucionalização do projeto em programa do TJGO foi feita pelos juízes Priscila e Thiago, argumentando que o mesmo apresenta resultados positivos para o Poder Judiciário. Em 2019, oito voluntários prestavam serviços em variadas atividades no fórum de Cristalina.

“Essa é uma forma simples que encontramos de fazer inclusão nesse novo Judiciário que está surgindo. Vejo o voluntariado como uma forma de empoderamento e crescimento dessas pessoas, a porta de entrada para o mercado”, declarou o juiz Thiago Inácio de Oliveira em uma das apresentações que fez sobre o projeto no último ano. (Texto: Daniela Becker / Foto: Aline Caetano - Centro de Comunicação Social do TJGO).