O juiz substituto em segundo grau, Jairo Ferreira Júnior (foto), pediu, em sessão nesta quinta-feira (08), vistas de recurso interposto por Luan Henrique da Silva Neto, condenado a 24 anos de reclusão em regime fechado pelo latrocínio (ato de matar para roubar) de Michele Muniz do Carmo, em 21 de abril de 2012. Com isso, o julgamento do recurso, que tramita na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), teve de ser adiado. 

A defesa de Luan pretende conseguir sua absolvição ou, ao menos, a redução de sua pena. Para tanto, alegou, em sustentação oral, que a participação dele no crime limitou-se ao fato de ter emprestado seu carro a Diogo Souza Pinheiro e Jonathan de Oliveira Costa, que se uniram, ainda, a Jonathan Rosa e utilizaram uma arma de Wesley Veríssimo dos Santos para matar a garota.

O crime

De acordo com denúncia do Ministério Público (MP), um dia antes do crime Luan emprestou seu carro a Diogo e Jonathan, consciente de que os dois tinham o intuito de praticar crimes. Nesse dia, os dois saíram com o veículo e convidaram Johnatan Rosa de Souza para cometer assaltos. Ele entrou no carro já portando um revólver calibre 38, com a numeração raspada, arma que Wesley Veríssimo dos Santos, por sua vez, havia lhe oferecido, também ciente de seu propósito delituoso.

Os três, então, foram para uma festa e saíram de lá às 3 horas da manhã, e começaram a transitar pela cidade, em busca de um automóvel para roubar. Ao passarem pela Avenida T-63, avistaram um Honda Civic parado na frente de uma distribuidora de bebidas e resolveram que aquele seria seu alvo.

Após estacionarem o veículo em que estavam próximo àquele que queriam roubar, Jonathan de Oliveira pegou a direção do Celta, enquanto Diogo e Johnatan Rosa desceram. Diogo se dirigiu para o Civic, enquanto Johnatan Rosa sacou a arma e tentou abordar Michele. Ao perceber que seria assaltada, ela correu em direção a seu veículo e entrou pela porta dianteira do passageiro, momento em que suplicou “moço, pelo amor de Deus, não faz isso não!”.

Johnatan Rosa se aproximou da porta onde Michele estava e apontou-lhe a arma, ordenando-lhe que saísse do veículo. A vítima, no entanto, resistiu e se inclinou para a frente do banco, momento em que Johnatan Rosa efetuou um disparo de arma de fogo e a matou. Em seguida, os três jovens fugiram do local no carro em que estavam. (Texto: Jovana Colombo – Centro de Comunicação Social do TJGO)