DSC 0308Líderes religiosos da cidade de Inhumas se reuniram, nesta segunda feira (6), visando estabelecer parceria no enfrentamento e prevenção da drogas e dependências químicas.

Na ocasião, a Equipe do Programa Justiça Terapêutica apresentou um projeto de articulação e movimentação dos diversos grupos religiosos, instigando-os a, dentro de suas possibilidades e respeitando as singularidades de cada denominação, desenvolverem ações práticas de prevenção, orientação das famílias, transmissão de informações, criação de um espaço de diálogo com crianças, jovens e adultos e promoção de eventos mensais, objetivando constantes intervenções de alerta de prevenção na sociedade.

O promotor da Vara de Infância e Juventude da cidade, Maurício Alexandre Gebrim, relatou casos oriundos de seus anos de experiência na promotoria e no trato com famílias envolvidas com a dependência química, compartilhando sua visão acerca das estratégias funcionais e não funcionais nesse contexto.

Já a assistente social e secretária interprofissional forense da Corregedoria Geral de Justiça de Goiás (CGJGO), Maria Nilva Fernandes da Silva Moreira, apresentou as concepções de reabilitação e estruturas de família e também citou exemplos práticos de seu trabalho junto a infância e juventude envolta nas drogas. A agente da polícia civil Marielles de Souza Arrais trouxe exemplos da realidade criminal de Inhumas, chamando todos os presentes à responsabilidade com os moradores da cidade que estão se marginalizando a passos largos.

Maurício Gebrim propôs a criação do Conselho Municipal Antidrogas na comarca, se dispondo a apresentar o projeto de lei ao prefeito, e dar prosseguimento aos trâmites da instauração; líderes presentes se mostraram interessados e dispostos a integrar tal conselho.

De acordo com um porta-voz da equipe do programa, há um otimismo em relação à resposta dos líderes religiosos diante de tudo o que foi discutido na reunião, com a expectativa de criação de novos espaços de enfrentamento e diálogo quanto as drogas e a criminalidade advinda do uso, quer seja abusivo ou não. “O processo em si pode ser vagaroso, porém cria forma e adquire força quando mais e mais pessoas aderem a ele, num mesmo objetivo”, concluiu. (Texto: Diandra Fernandes – estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)