Wanderson Antônio de Oliveira foi condenado a cinco anos e quatro meses dae reclusão e um ano de detenção, no regime inicial semiaberto, pelos crimes de tráfico de influência, denunciação caluniosa, tentativa de extorsão e posse irregular de munição de uso permitido. Ele trabalhava como vigilante na cidade de Taquaral de Goiás e usava sua amizade com policiais da cidade para extorquir e exigir dinheiro de pessoas.
A decisão é da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) que, à unanimidade, seguiu voto do relator, desembargador Leandro Crispim (foto) e manteve sentença da juíza de Taquaral de Goiás, Laryssa de Moraes Camargos Issy.
A defesa de Wanderson recorreu buscando sua absolvição, porém, o desembargador decidiu não acolher o pedido. Ele constatou que a materialidade e autoria de todos os crimes estavam comprovados nos autos pelos laudos apresentados, depoimentos prestados e interceptação telefônica.
Os crimes
Segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), no ano de 2012, Wanderson exigiu 300 reais da mãe de um reeducando para “quebrar as faltas” dele, em razão do descumprimento do pernoite. No mesmo ano, o vigilante ameaçou um homem que teve sua motocicleta apreendida. Wanderson exigiu 800 reais para a liberação do veículo e, diante da resposta negativa, coagiu o homem, fazendo-o falar com um suposto policial civil ao telefone, o qual lhe disse que iria ser preso, pois o documento da moto era falsificado e esta, produto de crime. Posteriormente o homem se apresentou ao Detran e verificou que a motocicleta era “lícita e sem nenhuma restrição”.
Ainda de acordo com o MPGO, no ano de 2013, durante procedimento de busca e apreensão realizado na residência de Wanderson, foram encontradas duas munições calibre 32 e 38. Além disso, no ano de 2011, ele deu causa à instauração de inquérito policial pela prática do crime de furto de uma bomba d’água, sabendo que o homem era inocente. Veja a decisão. (Texto: Daniel Paiva – estagiário do Centro de Comunicação Social do TJGO)