O juiz Felipe Morais Barbosa, da Vara Criminal da comarca de Quirinópolis, condenou os fundadores da clínica de recuperação de dependentes químicos Embenezer, Rosiley Fábio Silva e Claudione Carvalho Cunha, e o monitor Marcos de Freitas Miranda, a 32 anos e cinco meses de reclusão em regime fechado.

Denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) aponta que os três acursados atuavam para convencer os familiares das vítimas a interná-los na clínica, que fica em uma chácara no município. Algumas foram internados compulsoriamente e a família pagava 400 reais mensais e uma cesta básica. Ao chegar ao local, os acusados aplicavam regras desumanas aos internos como agressões, choques, afogamentos e castigos psicológicos.

O MPGO ressaltou que Rosiley corrompeu um adolescente internado para que ele torturase outros internos, com a promessa de que o tornaria monitor. Manifestou pela condenação de Roseley e Caluidone por sequestro e cárcere privado, além de associação criminosa e tortura. Quanto ao réu Marcos de Freitas, pediu sua condenação por tortura e associação criminosa.

O magistrado condenou Rosiley Fábio a 14 anos e um mês de reclusão em regime fechado; Calaudione Carvalho a 12 anos e 8 meses, e Marcos de Freitas a 5 anos e 8 meses de reclusão em regime semiaberto. Todos podem recorrer em liberdade. (Texto: João Messias - Estagiário do Centro de Comunicação Social do TJGO)