A juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal de Goiânia, condenou os policiais militares Marco Antônio Machado Rodrigues, José Braz dos Santos e Silva, Claiton Pereira Louredo e Wermiton Emílio Borges Taquary, integrantes da Rotam, a 4 anos e 1mês de reclusão em regime fechado, além da perda dos cargos públicos.

Os réus foram condenados pelo crime de tortura contra Marcelo Lemes de Oliveira. Por ser comandante de equipe e ter o dever de trabalhar em favor da sociedade, Marco Antônio teve a pena agravada e cumprirá 2 meses a mais.

O fato ocorreu em 23 de outubro de 1998, por volta das 19 horas, no Morro do Mendanha, na capital. De acordo com denúncia do Ministério Público, Marcelo estava em sua casa, no Jardim das Esmeraldas, quando os policiais chegaram e atribuíram a ele a venda de uma lata de merla para Ricardo Leite do Nascimento, que já se encontrava na viatura. Consta dos autos que, durante a abordagem de Marcelo, os policiais utilizaram-se de grave ameaça, inclusive contra seu irmão.

Após a prisão, os acusados levaram Marcelo ao Morro do Mendanha, local em que iniciaram uma sessão de tortura para que ele confessasse que teria vendido a droga. Ainda segundo o Ministério Público, Marcelo foi submetido a ataques com um pedaço de pau e fio elétrico, chutes na cabeça e tapas no ouvido. Além disso, os policiais militares chamaram a imprensa e obrigaram Marcelo a confessar o crime diante das câmeras. Caso ele não o fizesse, seria novamente espancado.  (Texto: Arianne Lopes – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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