O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, encaminhou os autos do processo que apura a morte da empresária Martha Cosac para a 13ª Vara Criminal, onde tramitam os feitos dos crimes dolosos contra a vida e são realizadas as sessões do júri popular.

Jesseir, que está em substituição na 13ª Vara Criminal, enfrenta obstáculos para marcar o dia do julgamento. Isso porque, embora o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) tenha confirmado a decisão de pronúncia (que manda o réu a júri), a defesa entrou com recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O seguimento desse recurso, contudo, foi negado pelo TJGO. Como consequência, a defesa interpôs agravo para o STJ, que ainda não foi julgado pela Corte Superior em Brasília, o que impede o magistrado de marcar a sessão.

O caso
O crime aconteceu em 7 de outubro de 1996, no interior da confecção Última Página, de propriedade de Martha Cozac, então localizada na Rua 132-A, no Setor Sul. Martha e seu sobrinho Henrique Talone, de 11 anos, foram mortos a facadas.

Segundo a denúncia do Ministério Público, depois de cometerem o crime, Frederico da Rocha Talone e Alessandri da Rocha Almeida roubaram um cheque preenchido, assinado e endossado por Martha, no valor de R$ 1,5 mil, a carteira de identidade, cartões de crédito e de banco dela, aparelho de som, jóias e dinheiro.

Frederico era empregado de Martha, responsável por serviços de contabilidade da empresa, e tinha acesso à senha pessoal da conta dela. Consta da denúncia que, no dia do crime, Martha havia chegado de viagem a Cristalina e telefonado para Frederico, pedindo que ele comparecesse à confecção no dia seguinte, para que entregasse cheques de terceiros que estavam sob a sua guarda.

De acordo com o MP, Frederico e Alessandri foram à confecção no mesmo dia, por volta das 23 horas. Martha abriu o portão da residência - a confecção funcionava no mesmo imóvel em que ela morava - para eles. Os dois, então, aplicaram-lhe golpes de artes marciais em regiões vitais do corpo, amarraram-lhe as mãos e os pés e, em seguida, aplicaram golpes de faca. Henrique Talone, sobrinho de Martha, foi morto em seguida, por ter presenciado o crime. (Texto: Aline Leonardo - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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