A juíza da comarca de Vianópolis, Marli de Fátima Naves, condenou, a quase 60 anos de reclusão, quadrilha que explodiu caixa eletrônico do Banco Bradesco, na cidade de São Miguel do Passa Quatro. Eles terão, também, de reembolsar o valor roubado.

O crime ocorreu na madrugada de 7 de julho de 2013 quando o bando, fortemente armado, fez oito pessoas de reféns e roubou mais de R$ 50 mil da instituição, utilizando três carros.

Ao individualizar as penas e analisar conduta social, antecedentes criminais e participação no roubo, a magistrada condenou Adriano Silva Guimarães a 13,1 anos de reclusão e Leandro da Silva Reis a 9,7 anos, ambos em regime fechado. A pena de João Paulo de Moura foi fixada em 10,1 anos, enquanto a de Rodrigo Luiz da Silva, em 10,6 anos. Renato Ribeiro Silva deverá cumprir 13,7 anos de prisão em regime fechado e Jonatha Ferreira de Oliveira, 8,7 anos.

Para a magistrada, a materialidade do fato ficou comprovada por meio das declarações das vítimas e de boletim de ocorrência. Os réus alegaram que a denúncia não conseguiu apontar qual a participação de cada um deles na empreitada, mas, de acordo com Marli de Fátima, a conduta individual ficou clara por meio dos depoimentos de testemunhas. Para a magistrada, ao levantar essas dúvidas os réus pretendiam não apenas se livrar da pena, mas "se valer do preparo e organização da quadrilha para alimentarem o crime organizado, a impunidade e a insegurança local".

Para a juíza, o grupo é formado por criminosos inteligentes, conhecedores, ainda que minimamente do direito e, por isso, tentam se proteger para não serem identificados e gozar de impunidade de suas condutas. “Ora, o ordenamento jurídico não deve ser interpretado nesse sentido”, asseverou a magistrada.

Ela observou, ainda, que o emprego de arma, não só mostra maior periculosidade por parte dos réus, como também maximiza a ameaça às vítimas. No caso em questão, ficou comprovado que as armas utilizadas eram pesadas, de grosso calibre, o que demonstra, a seu ver, a ousadia dos acusados e o perigo com que eles agiam.

Consta dos autos que Adriano, Leandro, João Paulo, Rodrigo, Renato e Jonatha, abordaram, na ocasião, oito pessoas que estavam no “Bar da Lola”, na cidade, e ordenaram que todos tirassem a camisa e ficassem de costas para a parede, com as mãos na cabeça.

Em seguida, as vítimas foram conduzidas à agência do Banco Bradesco, onde foram mantidas reféns por quase uma hora. Nesse tempo, o grupo, com uso de artefato explosivo, roubou a quantia e fugiu do local em uma caminhonete S-10 prata, um Kia Cerato branco e uma Fiat Strada Locker de cor vermelha. (Texto: Jovana Colombo – Centro de Comunicação Social do TJGO)

  •    

    Ouvir notícia: