O câncer de mama é o câncer que mais acomete mulheres no mundo, tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados em 2020 no mundo. No Brasil, a estimativa é de 66.280 novos casos em 2021. O mês de outubro é um mês de ação mundial para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. A campanha conhecida como Outubro Rosa foi criada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure na década de 90 e estimula a participação da população, empresas e entidades na prevenção do câncer de mama e, mais recentemente, do câncer do colo do útero. Este movimento, que começou nos Estados Unidos com ações isoladas, hoje está presente em vários países, dentre eles no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) participa desde 2010.

O Poder Judiciário do Estado de Goiás também aderiu ao Outubro Rosa. A fachada do Palácio da Justiça Clenon de Barros Loyola ficará iluminada com a cor rosa durante todo o mês e uma campanha informativa sobre o tema está sendo divulgada nas redes sociais. O conteúdo é produzido em parceria com o Centro de Saúde do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

“A pandemia da Covid-19 reforçou nossa convicção de que a saúde é o nosso bem mais precioso e que o cuidado e a prevenção são essenciais para nos mantermos saudáveis. Por isso, o Tribunal de Justiça de Goiás apoia iniciativas como o Outubro Rosa, para lembrar nossas magistradas, servidoras e toda classe feminina sobre a realização dos exames que possam diagnosticar essa doença”, pontua o presidente do TJGO, desembargador Carlos França.

A ginecologista, obstetra, nutróloga e especialista em Saúde da Mulher do Centro de Saúde do TJGO, Ruth Carla A. C. Borges, destaca a importância dos exames para detecção da doença. “Em qualquer idade, as mulheres devem fazer o autoexame das mamas, ensinar quem não sabe, estimular todas a realizá-lo, além de ir ao ginecologista pelo menos 1 vez por ano. Quem tiver mais que 40 anos, deve fazer uma mamografia. Vamos ser ativas em cuidar de nós mesmas”, conclama.

Institucional
A juíza auxiliar da Presidência, Jussara Cristina Oliveira Louza, reforça a importância da realização dos exames de prevenção de câncer de mama e outras doenças. A magistrada frisa a Política de Atenção Integral à Saúde, adotada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instituiu por meio da Resolução nº 207/15 a realização dos exames médicos periódicos, que no âmbito do Poder Judiciário goiano está regulamentado no Decreto Judiciário nº 2.147/19. Jussara Cristina Oliveira Louza acrescenta que o Centro de Saúde do TJGO disponibiliza às magistradas e servidoras um competente quadro de profissionais da área de saúde. "O diagnóstico precoce, possível por meio dos exames médicos periódicos, é um grande aliado no combate ao câncer de mama e de colo de útero, que acometem um expressivo número de mulheres”, ressalta a juíza auxiliar da Presidência.

Autoexame das mamas
O autoexame é fácil de fazer, porém, segundo a ginecologista do Centro de Saúde, ele gera muitas dúvidas sobre o que pode ser considerado suspeito. “Quando apalparmos nossas mamas devemos ficar atentas aos seguintes aspectos: aparecimento de nodulações novas; caroço ou nódulo mais endurecido, fixo ao fundo, mesmo que indolores; alterações em mamilos; pele avermelhada ou " casca de laranja”, saída de líquido espontânea em um dos mamilos ou nódulos em pescoço ou axilas”, alerta a médica Ruth Borges, completando que o diagnóstico realizado no momento ideal diminui o risco de mortalidade para o câncer de mama.

Câncer de mama
A ginecologista pontua que o câncer é sempre multifatorial, ou seja, várias causas podem atuar em seu aparecimento e desenvolvimento. Ela cita algumas delas e afirma que o conhecimento pode ajudar a evitar a doença. Dentre elas estão: consumo de álcool exagerado; tabagismo; atividade física insuficiente ou menor que 150 min por semana; excesso de peso ou sobrepeso e obesidade na menopausa; primeira gestação tardia; uso crônico de pílulas anticoncepcionais; reposição hormonal inadequada ou superior a 5 anos e exposição frequente a radiações ionizantes. Ainda existem outros fatores que não podem ser evitados, como histórico familiar, envelhecimento e alterações genéticas em BRCA 1 e BRCA 2. (Texto: Daniela Becker / Foto: Wagner Soares / Arte: Wendel Reis - Centro de Comunicação Social do TJGO). 

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