Uma força-tarefa entre o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e a Diretoria do Foro da comarca de Anápolis transformou o depósito judiciário do município em modelo de eficiência. A ação, iniciada em setembro de 2022, retirou veículos e objetos inservíveis e já não mais úteis aos processos judiciais, deixando um ambiente organizado, salubre e eficiente.

Em visita ao local  nesta sexta-feira (27), o coordenador da Unidade de Gestão Documental do TJGO, juiz auxiliar da Presidência Reinaldo Dutra, aprovou a ação realizada. "O envolvimento tanto da Diretoria do Foro da comarca de Anápolis, como o apoio da Diretoria do Foro da comarca de Goiânia, com a atuação dos servidores efetivos e terceirizados, que não mediram esforços para ajudar, foi essencial para o êxito do projeto. Hoje, o depósito judiciário de Anápolis está transformado, com um ambiente salubre, que permite que as pessoas trabalhem de maneira tranquila e adequada. É um depósito eficiente, pronto para receber os bens que forem apreendidos", destacou o magistrado.

De acordo com  a diretora do Foro da comarca de Anápolis, juíza Aline Tomás, desde 1983 os bens apreendidos na comarca são destinados àquele prédio do depósito judiciário, mas, segundo ela, “com o passar dos anos, o grande fluxo de entradas de bens apreendidos e a escassez de pessoal para o devido tratamento resultou em um acervo de apreensões que superou a capacidade física do prédio, gerando a necessidade da presente reestruturação que hoje entregamos ao TJGO”, explica a magistrada.

Aline Tomás relata que, a partir de setembro de 2022, uma nova dinâmica foi iniciada para dar nova estrutura ao depósito judiciário. "Foi uma iniciativa inédita. Por meio de uma ação conjunta entre a Diretoria do Foro de Anápolis e o Tribunal de Justiça, criamos uma dinâmica com novos fluxos e rotinas para entradas e saídas de bens no depósito judicial. E para garantirmos que seria eficiente e célere, catalogamos digitalmente todo o acervo, de forma que temos 100% de informações e controle da integralidade dos bens que aqui permaneceram ou  aos quais foi dada nova destinação ou descarte. Separamos os bens servíveis, que são aqueles que devem permanecer vinculados a processos judiciais até decisão final e também os inservíveis, que são os passíveis de destruição ou nova destinação.

 "Os resultados foram surpreendentes em três meses de trabalho, pois hoje temos os galpões e pátio praticamente vazios", comemora a diretora do Foro de Anápolis, ao acrescentar que o objetivo é colocar o modelo à disposição de outras comarcas de todo o Estado. "Certamente, essa nova dinâmica resultará em processos judiciais com resoluções mais ágeis quanto aos bens apreendidos, somadas ao total controle deste acervo pelo Poder Judiciário, em um ambiente salubre, organizado e com padrão de qualidade no atendimento aos cidadãos", destacou a magistrada.

O depositário judicial da unidade de Anápolis, Paulo César Moreira Damasceno, lembra que o pátio do depósito estava lotado de veículos e outros bens que atrapalhavam o funcionamento do local ."Com essa ação conjunta, conseguimos retirar mais de 30 veículos e oito caçambas de objetos inservíveis, que já não tinham utilidade para os processos, e isso facilitou muito o nosso trabalho. Antes da ação, em torno de 60% desses objetos não estavam identificados quanto à origem. Com a reestruturação, hoje já temos este controle", afirma. Na foto abaixo, o depósito antes da força-tarefa, e após o trabalho realizado pelas equipes.

 



Parceria

O coordenador judiciário da Diretoria do Foro da comarca de Goiânia, Thiago Dutra, destaca que o trabalho realizado no depósito judiciário de Anápolis, contou com o apoio de servidores da capital. "Fizemos um trabalho parecido em 2016 no depósito de Goiânia, quando destruímos mais de 17 toneladas de objetos inservíveis e agora adotamos a mesma metodologia em Anápolis. Encaminhamos alguns servidores da comarca de Goiânia para ajudar nessa força-tarefa e destinamos uma outra equipe para fazer um mutirão de alienação de carros", explica, ao salientar que, brevemente, a ação será realizada no depósito judiciário de Goiânia. (foto do antes e depois da força-tarefa)


Também participaram da visita ao depósito judiciário de Anápolis, o secretário-geral da Diretoria do Foro da comarca de Anápolis, Murilo Xavier Nunes, a secretária administrativa Lina Di Clemente, o Coordenador de Obras de Anápolis, Wilton José da Silvia, bem como o coordenador judiciário da comarca de Goiânia, Fábio Tavares, que supervisionou a operação de descarte em Anápolis.  (Texto: Karinthia Wanderley - Centro de Comunicação Social)



  •    

    Ouvir notícia: