Em sessão presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara (foto), realizada nesta segunda-feira (10) pelo 1º Tribunal do Júri, o acusado Ray Julião Carneiro confirmou que a Praça do Trabalhador é uma "cracolândia". Ele é acusado do homicídio de Edivaldo Pereira Cardoso e pela tentativa de homicídio contra Esequiel Rodrigues Pereira, com o uso de um revólver, na madrugada do dia 22 de março de 2013 no centro da capital - nas proximidades da praça.

Os crimes foram cometidos em decorrência de um desentendimento por conta de drogas. O réu, de 20 anos, está preso na Casa de Prisão Provisória (CPP) e foi condenado a 17 anos e 2 meses de reclusão. Durante a sessão do júri popular, de maneira categórica e sarcástica aos jurados, Ray afirmou que no local todos ali consomem e vendem entorpecentes livremente a qualquer hora do dia ou da noite. 

Em tom de gozação, o rapaz completou que "quem quiser usar cachimbo e comprar pedra pode ir lá". Para o magistrado, a atitude do réu em falar sem destemor em uma sessão do Tribunal do Júri, perante juiz, promotor, advogado, jurados e os próprios policiais presentes, demonstra claramente o reflexo da criminalidade na sociedade. Jesseir ressaltou que a situação é preocupante. (Texto: Brunna Ferro - estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)