A opinião é unânime entre juízes, advogados e procuradores federais que atuam nos mutirões previdenciários promovidos pelo projeto Acelerar Previdenciário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e que, esta semana (de 24 a 27), está em Morrinhos: o alcance social em benefício de toda a população nas cidades atendidas é revestido de um resultado incontestável.

A cada edição do projeto, um grande volume de recursos financeiros são injetados na economia das cidades, movimentando toda a cadeia de comércio e serviço local. "Porém, o mais importante está na prestação jurisdicional, que chega de forma mais acelerada e eficaz para um jurisdicionado que, pelas sua características, não pode esperar uma solução definitiva do seu pedido por muito tempo", destaca o juiz Reinaldo de Oliveira Dutra, coordenador do projeto Acelerar Previdenciário.

O mutirão do projeto Acelerar Previdenciário, que teve início na manhã de terça-feira (24) e se estende até sexta-feira (27), na comarca de Morrinhos, movimentou, nos dois primeiros dias R$1.928.038,73 em acordos referentes às ações previdenciárias em tramitação no fórum local. Foram realizadas até a quarta-feira (25), 257 audiências das 520 programadas para até sexta-feira. Mais de 2 mil pessoas devem passar pelo fórum local, entre partes envolvidas, testemunhas e advogados.

Para o advogado Wellington Arantes do Carmo, que atua representando vários clientes no mutirão de Morrinhos, o Acelerar Previdenciário chega num momento em que a maioria de seus clientes - que são idosos - passam por grande dificuldade financeira e de saúde, razão pela qual a solução judicial do processo representa grande melhoria na qualidade de vida dessas pessoas. Como exemplo, Wellington cita o caso do lavrador João Cândido de Moura, de 81 anos que, amparado pelo filho Jovair Cândido, chegou ao fórum local, acomodado em uma cadeira de rodas, logo após ter ficado por sete dias internado no hospital da cidade. João Cândido sofre de diabetes, pressão alta e já enfrentou três acidentes vasculares cerebrais. Ele aguardava desde 2011 a definição por um pedido de pensão pela morte de sua companheira. No momento da assinatura do acordo (foto), a emoção tomou conta do ambiente, revelando a importância de mais um benefício que chega num momento de grande relevância para João Cândido e sua família, que luta para que ele ainda possa viver por mais tempo, com qualidade. 

Atuam no mutirão previdenciário em Morrinhos, além de Reinaldo de Oliveira Dutra, os juízes Wanderlina Lima de Morais Tassi, Diego Custódio, Carlos Magno Caixeta da Cunha, Patrícia Dias Bretas e Rodrigo de Melo Brustolin. Pelo INSS, atuam os procuradores federais Valdir Eduardo de Barros e Sílvia Cândida da Rocha Mesquita e os prepostos Denilde Bezerra, Tânia Lúcia e Aladir Arantes. (Texto e fotos: Wagner Soares - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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