O juiz da 3º Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri da comarca de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcântara, proferiu nesta segunda-feira (27) a decisão de pronúncia de mandar a júri popular os acusados de assassinarem a vítima Erivaldo Ferreira da Rocha. Jesseir também negou o pedido de revogação da prisão preventiva dos acusados Edson Dener Menezes de Sousa, Luciano Martins da Fonseca, Matheus Máximo de Souza e Maurício Máximo de Souza Filho.

De acordo com o juiz, a liberdade deles atenta contra a ordem pública e, por esse motivo, devem continuar presos. A decisão foi tomada após o interrogatório dos acusados e do colhimento dos depoimentos de testemunhas presentes no local. O crime ocorreu no dia 12 de janeiro de 2019, no Setor Urias Magalhães, em Goiânia. De acordo com os autos, a vítima foi assassinada com disparos de arma de fogo e teve sua cabeça decapitada e abandonada em frente ao Shopping Passeio das Águas.

A motivação do crime, de acordo com os autos, foi a disputa de controle do tráfico de drogas na região. Segundo a denúncia, a verdadeira vítima deveria ser o irmão de Erivaldo, Erli Ferreira da Rocha, que tinha envolvimento com a facção Primeiro Comando da Capital, rival da facção Comando Vermelho, da qual os acusados fazem parte.

“No presente caso, verifico, por meio das provas coligidas aos autos, a presença dos requisitos necessários para a prolação da decisão intermediária de pronúncia, uma vez que a materialidade se encontra demonstrada, bem como os indícios de autoria e participação que pesam contra os denunciados.” relatou Jesseir Coelho.

Relembre o crime

De acordo com a denúncia, o crime ocorreu no Setor Urias Magalhães a mando de Denis Petterson, que já estava preso. Os acusados tentaram assassinar, no dia 20 de dezembro de 2018, Erli Ferreira, que logo após o atentado, se mudou. Por não acharem Erli, assassinaram então seu irmão Erivaldo, que não possuía nenhum envolvimento com facção e era somente usuário de drogas.

No dia do crime, os denunciados contrataram Erivaldo para capinar um lote na residência de Denis. Ao chegar no local, foi atingido por disparos de arma de fogo e logo após teve sua cabeça decapitada e nela desenhada, com um facão, as siglas “TD2” expressão ligada à facção criminosa Comando Vermelho. A cabeça foi abandonada em frente ao Shopping Passeio das Águas e o restante do corpo foi encontrado no Rio Meia Ponte, cinco dias após o crime.

Ainda de acordo com a denúncia, os disparos foram feitos por Maurício Máximo de Souza Filho, e a cabeça decapitada por Luciano Menezes da Fonseca. Os outros denunciados, Edson Dener Menezes e Matheus Máximo de Souza, são acusados de estarem presentes o tempo todo na residência durante o crime, e de incentivarem as agressões. (Texto: Agnes Geovanna, estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)