O juiz da 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, Leonardo Fleury Curado Dias, negou pedido de conversão da prisão temporária em preventiva de George Araújo de Souza, dono de uma pizzaria na Vila Alzira e autor dos disparos que foram efetuados no local e mataram a menina Kerolly Alves Lopes. O pedido foi feito pelo Ministério Público (MP). Além disso, o magistrado mandou expedir o alvará de soltura de George.

Para Leonardo Fleury, a repercussão dada ao fato e o clamor público não são suficientes, por sí só, para justificar a prisão. Ele observou que as investigações do inquérito policial foram concluídas e, ainda, que o indiciado demonstra não pretender se ausentar de sua culpa ou estar ameaçando testemunhas. O magistrado também afirmou que não há indícios de que George pode praticar nova infração, motivo pelo qual negou a prisão preventiva.

George se apresentou de forma espontânea à polícia, confessou a prática do crime, mas não apresentou a arma utilizada nem foi localizado posteriormente para prestar novos depoimentos, por isso teve sua prisão temporária decretada.

O crime
Os disparos que mataram Kerolly foram efetuados por George no dia 27 de abril, durante discussão com o pai da garota, Sinomar Firmino Lipes. Os dois haviam brigado meses antes em razão da demora na entrega de uma pizza. No dia do crime, Sinomar foi até a pizzaria de George para tirar satisfação, diante da informação de que o comerciante teria comprado uma arma para matá-lo. Chegou lá de carro, com as filhas, orientando-as a permanecerem dentro do veículo enquanto discutia com George.

Os dois iniciaram uma discussão e George sacou a arma, momento em que as meninas saíram do veículo para tentar proteger o pai. Na briga, George efetuou dois disparos, que atingiram a cabeça e a perna de Kerolly. A menina ficou internada por 10 dias em estado gravíssimo no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e morreu no dia 6 de maio, por morte cerebral. (Texto: Jovana Colombo – estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)