O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou, em janeiro deste ano, o resultado por Estado do Censo do Poder Judiciário 2013. Estão disponíveis dados que revelam o grau de satisfação com a carreira, a motivação na profissão e a concordância com o trabalho, além dos perfis dos magistrados e servidores de cada tribunal, como é o caso do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). O censo identificou que 98,7% dos servidores do TJGO - que responderam a pesquisa - acreditam que o trabalho que realizam na instituição melhora o desempenho do tribunal. 

No total, 93,3% estão felizes com a escolha profissional de trabalhar no Poder Judiciário. Já 98% têm curiosidade em aprender cada vez mais a respeito do trabalho; 88,6% sentem orgulho de dizer para os amigos o que fazem e onde trabalham; e 84,4% acordam pela manhã dispostos e pensando nos trabalhos e projetos do dia do tribunal.

A pesquisa revelou também o perfil desses servidores, como formação, estado civil, escolaridade, ano de ingresso no Judiciário e como é a realidade deles na atividade. No TJGO, 67% dos servidores que atuam na capital e no interior de Goiás são do sexo feminino. Dos profissionais que atuam nas áreas administrativas e judiciárias, a maioria, ou seja, 19,6% possuem de 30 a 34 anos e mais da metade (58,2%) é casada ou vive em união estável com pessoas de outros sexo. Quando questionados sobre o local de nascimento, 80,3% responderam que são de Goiás, enquanto 19,7% são de outros estados. No item de qualificação profissional, 76% são formados em Direito e 44,4% investiram em uma pós-graduação lato sensu (especialização).

Magistrados
Do total de 36 desembargadores e 332 juízes atuantes em Goiás, 65,6% participaram do Censo do Poder Judiciário 2013. Com base nas respostas, o CNJ buscou identificar o que pensam, como trabalham e o perfil dos magistrados goianos. Atualmente, 86,3% estão satisfeitos com a escolha profissional. No que diz respeito à frequência e motivação, 86% informaram que implementam novas ideias ou soluções para melhorar a gestão da unidade judiciária em que atuam e 76,7% recebem orientações do TJGO quanto ao cumprimento das deliberações com Conselho Nacional de Justiça.

A relação de trabalho com outros magistrados e com servidores também foi avaliada pela pesquisa. 89,1% estão satisfeitos com a parceria diária com servidores, enquanto 81,4% se relacionam bem com outros juízes e desembargadores. Em relação à estrutura de trabalho e de instalações físicas, 62,3% garantiram que as condições são satisfatórias.

De acordo com as estatísticas no Estado, ao contrário do que foi apontado junto aos servidores, a maioria dos magistrados goianos é do sexo masculino, o que equivale a 69,3%. Até o período de realização do censo, 82,3% responderam que eram casados ou estavam em união estável com pessoa de outro sexo e 76,5% informaram ter filhos. A faixa etária predominante entre os magistrados é entre 40 e 44 anos (20,9%).

Sobre o tipo de cargo, 88,3% são juízes titulares e 6,5% desembargadores, enquanto 4,3% atuam como juízes substitutos em segundo grau. A maioria cursou Direito em instituição privada (54,5%), enquanto 62,8% investiram em cursos de pós-graduação lato sensu.

O censo buscou conhecer ainda se os magistrados goianos atuaram em outros órgãos ou instituições públicas antes do ingresso no atual cargo. 68% responderam que sim, sendo que desse total, 40,1% exerceram funções no Poder Judiciário, 24,8% no Poder Executivo e 20,4% no Ministério Público.

Nacional
Para o juiz-auxiliar da Presidência e presidente da Comissão Regional do Censo, Reinaldo Alves, o resultado da pesquisa ajudará a melhorar a política de trabalho, a promover uma reciclagem jurídica e a melhor aparelhas o Judiciário goiano. Já o juiz-auxiliar da Presidência, Carlos Magno Rocha da Silva, o censo é uma ferramenta importante para ajudar a promover uma mudança cultural em relação à atuação de juízes e servidores. De acordo com ele, ao revelar os gargalos, as deficiências e os benefícios para a sociedade da magistratura, a pesquisa favorece a reflexão sobre suas atuações além de permitir ao magistrado verificar o que é possível melhorar para atender às necessidades da população.

No Poder Judiciário goiano, 67,5% dos servidores e 65,6% dos magistrados responderam a pesquisa, índices superiores à média brasileira, que foi de 64%. Os dados nacionais já tinham sido divulgados em junho de 2014. (Texto: Fernando Dantas – Centro de Comunicação Social do TJGO)

Confira o resultado completo da pesquisa:
Magistrados goianos
Servidores goianos