Os servidores do gabinete do desembargador Anderson Máximo participaram, na manhã desta sexta-feira (17), do curso de Comunicação Jurídica, ministrado pelo advogado e professor Carlos André Pereira Nunes, mestre em Direito Educacional, especialista em Redação Jurídica e Português Forense. A palestra teve por objetivo apresentar aos operadores do Direito o tipo de linguagem utilizada para a confecção de atos jurídicos.

Durante a aula, Carlos André analisou frases e textos empregados na área jurídica, tais como votos e relatórios. De acordo com ele, a linguagem utilizada no mundo jurídico pode ser a jornalística, já que apresenta vocabulário claro, objetivo e expõe texto com informações completas sobre o assunto a ser debatido ou descrito.

“Se eu colocar o texto no pretérito perfeito, eu sigo as tradições do mundo jurídico. Quando se escreve desta forma, a pessoa demonstra que uma ação ocorreu pontualmente, gerando mais credibilidade”, afirmou. Ele pediu ainda para excluir os vícios de linguagem, tais como o “latim”, uma vez que a mesma pode ser substituída no momento da escrita.

Ainda, no curso, o professor contou que as siglas não são consideradas abreviações. “Quando se coloca a sigla pela primeira vez no texto, você pode, nas próximas vezes, facultá-la, ou seja, usar de forma siglomatizada”, enfatizou ao dizer que essas codificações são consideradas eficientes, assim como não causa prejuízo gramatical. Ao ser questionado sobre o uso dos travessões, ele afirmou que os mesmos podem ser usados para dar ênfase a uma frase.

Carlos André explicou que o novo acordo ortográfico conta com 21 bases, das quais determinam as alterações da Língua Portuguesa. "A palavra comarca deve ser escrita, conforme o novo acordo ortográfico, com o c minúsculo, uma vez que remete à instituição" exemplificou. O especialista enfatizou que as conjunções adversativas só podem receber vírgula, pois servem para ligar orações. “Quando se emprega o termo ressalte-se, indica uma ação. Já quando se usa ressalte-se, significa que o verbo està dando ordem a alguém”, comentou o professor.

O desembargador Anderson Máximo disse que o aperfeiçoamento dos servidores é de suma importância, já que a comunicação jurídica contribui para a implementação de maior qualidade durante as confecções dos atos no que tange à observância da Língua Portuguesa. “Nosso gabinete está em festa, e minha equipe motivada com os ensinamentos adquiridos nesta aula. Essa é a expectativa que quero na minha equipe, que é fazer algo com mais vontade e determinação”, finalizou. (Texto/edição de imagens: Acaray Martins - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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