O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha (foto) afirmou à delegada Flávia Santos Andrade que havia confessado a autoria de alguns homicídios para “aumentar o ranking de mortes”. A policial fez essa afirmação durante audiência de instrução criminal realizada na tarde desta segunda, na 1ª Vara Criminal de Goiânia, sob a presidência do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no processo que apura o homicídio do morador de rua Paulo Sérgio Xavier de Bastos. O assassinato ocorreu no dia 5 de novembro de 2012, em um ponto de ônibus na Avenida Araguaia, nas proximidades da Praça Cívica. Tiago Henrique manteve-se em silêncio.


De acordo com a delegada Flávia Andrade, depois de ser preso, Tiago Henrique confessou vários crimes no primeiro interrogatório, mas depois voltou atrás. Ela disse que a investigação da morte de Paulo Sérgio levou em consideração o exame de microconfronto balístico de cinco homicídios, que detectou ter saído da mesma arma a bala que matou as vítimas. Além disso, a semelhança na forma de atuação do suspeito é muito parecida. A policial afirmou também que o vigilante se reconheceu em imagens de vídeo de alguns dos crimes.

O delegado Matheus Costa Melo informou que assumiu a presidência do inquérito que investigou o assassinato do morador de rua em janeiro deste ano e que apenas o complementou. Afirmou que analisou imagens e laudos para comprovar a autoria do crime. Para chegar à conclusão de que Tiago Henrique tenha executado o morador de rua, levou em consideração o laudo balístico e a forma com que ele agia, bem como as características da motocicleta que usava.

Ao final da audiência, o juiz Jesseir de Alcântara fez um balanço dos 32 processos que tramitam na 1ª Vara Criminal de Goiânia. Ele afirmou que já foram proferidas 21 decisões de pronúncia e a defesa recorreu, até o momento, em 18 delas. Falta realizar apenas mais uma audiência – será na próxima segunda-feira (dia 24), às 13h30, no caso em que ele e a empresária Waldirene Oliveira Manduca são suspeitos de matar o comerciante Denilson Ferreira de Freitas – para encerrar a fase de instrução processual. (Texto: João Carlos de Faria/Fotos: Wagner Soares – Centro de Comunicação Social)

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