Foi cumprido na segunda-feira (22) mandado de prisão de Luiz Guilherme Elias Cavalcante, de 19 anos, acusado de ter matado a golpes de faca a namorada, Laiz Santiago Rodrigues, também de 19 anos, e o pai dele, Luiz Gonzaga de Souza Cavalcante, 60, em agosto de 2012, no Setor Aruanã II, em Goiânia.

O decreto prisional foi assinado pela juíza Lívia Vaz da Silva na última quinta-feira (18) e, ao ser informado dele, o rapaz se apresentou à Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), acompanhado da mãe e de um advogado.

Luiz Guilherme responde a ação penal pelo duplo homicídio perante a 1ª Vara Criminal de Goiânia. Estava preso mas foi posto em liberdade em maio, pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, diante da demora na expedição de laudo de reconstituição do local do crime. O laudo tinha de ficar pronto em 90 dias e, nesse período, o acusado estava preso. Ao assinar sua soltura, o magistrado esclareceu que Luiz Guilherme não poderia ser penalizado por uma falha que não era sua, mas do Estado, relativa ao atraso na elaboração do exame, necessário para comprovar a autoria dos crimes.

Conforme denúncia do Ministério Público (MP), em 25 de agosto do ano passado, Luiz Guilherme e Laiz, acompanhado de um amigo em comum foram a um bar no Setor Riviera, onde ingeriram bebidas alcoólicas e usaram drogas. Em seguida, se dirigiram a um comércio de espetinhos, onde seguiram bebendo enquanto aguardavam o pedido ficar pronto. Na ocasião, um funcionário do local percebeu que Luiz estava visivelmente drogado e agressivo com a moça. Aproximadamente 40 minutos depois, o casal foi para a casa do acusado, onde também estava Luiz Gonzaga.

A família de Laiz tentou contatá-la durante dois dias, ao final dos quais a mãe dela conseguiu falar com Luiz Guilherme, que disse ter deixado a namorada em um ponto de ônibus na noite anterior, para que ela fosse à Trindade. Desconfiada, a mãe pediu ao seu ex-esposo para que fosse até a casa de Luiz Henrique verificar a situação. Ao chegar no local, ele encontrou a porta aberta e não foi atendido por ninguém. Os corpos de Laiz e Luiz Gonzaga foram encontrados na ocasião e constatou-se que ambos estavam mortos havia pelo menos horas. (Texto: Patricia Papini – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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