A conclusão da audiência de instrução criminal de Fabrício Ricardo Vieira da Costa e de Wadson Silva Lira, no processo que apura a morte de Juliana Soares Dias e o assalto a Alessandro Pereira dos Santos Vitorino, terá data definida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, após posicionamento do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) e da defesa dos dois acusados. O não comparecimento e a não intimação de testemunhas de acusação e de defesa e da vítima Alessandro Vitorino levaram à remarcação da audiência.

Durante a audiência de terça-feira, os policiais militares Rafael Nunes de Paula e Cleriston Gil Baleeiro Borges confirmaram que Fabrício Costa e Wadson Lira trafegavam em alta velocidade, pela pista exclusiva de ônibus da Avenida Goiás Norte e avançaram o sinal vermelho, atingindo o carro conduzido por Juliana Dias. Os militares afirmaram também que, antes do acidente fatal, os dois empreenderam fuga ao verem o carro policial nas imediações do local onde tentaram assaltar Alessandro Vitorino. As testemunhas Rayanna Carolina Queiroz Rabela, Lucas Silva Lopes, Laércio Pereira de França falaram que não presenciaram os crimes e ressaltaram os atributos pessoais dos dois acusados.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), Fabrício e Wadson, usando uma arma de brinquedo, tentaram roubar a motocicleta de Alessandro Pereira dos Santos Vitorino às 22h30 do dia 29 de abril de 2015, na Avenida Fuad Rassi, Setor Crimeia Leste, em Goiânia.

Alessandro conseguiu fugir dos dois, que estavam em um Fiat Palio, e encontrou uma viatura da Polícia Militar. O homem informou aos policiais da tentativa de roubo, e eles, ao avistarem o veículo descrito por Alessandro, começaram uma perseguição. Fabrício e Wadson, na tentativa de fugir da polícia, furaram um sinal vermelho, passaram para a pista exclusiva para transporte coletivo e atingiram o carro da professora no cruzamento da Avenida Goiás Norte com a Marginal Botafogo.

A psicóloga era professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e da Faculdade Alves Faria (Alfa) e estava retornando para casa no momento do acidente. O carro de Juliana foi lançado com a força do impacto e a mulher sofreu traumatismo crânioencefálico, trauma torácico, entre outras diversas lesões que levaram à sua morte no dia 30 de abril no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). (Texto: João Carlos de Faria e Daniel Paiva - estagiário do Centro de Comunicação Social do TJGO)

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