Integrantes da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) se reuniram, na manhã desta sexta-feira (31), com representantes dos Juizados da Mulher, da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), Conselho Estadual da Mulher (Creci) e Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPEGO), para a implementação dos grupos reflexivos nas unidades judiciárias da capital. A iniciativa conta com o apoio do presidente do TJGO, desembargador Walter Carlos Lemos.

No encontro, foram debatidos a criação de um padrão de referência para a implantação e funcionamento dos grupos reflexivos com os autores de violência doméstica; capacitação das equipes técnicas nos municípios goianos; regulamentação da portaria, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social; criação de uma Central de Recebimento dos autores de violência doméstica, dentre outros. Na oportunidade também foram sugeridas que os grupos já existentes deverão ser cadastrados junto ao Centro de Referência Estadual da Igualdade, assim como aqueles que, posteriormente, forem criados. O projeto será implantado em todo o Estado, com início nas comarcas que já contam com o Juizado da Mulher.

A defensora pública do Estado de Goiás, Gabriela Hamdan, coordenadora do Núcleo da Mulher, avalia de forma positiva a reunião, "uma vez que visa estabelecer uma centralização das vagas oferecidas pelos grupos reflexivos. Ressaltou, ainda, que a participação do autor da violência doméstica no grupo vai propiciar maior diminuição na reincidência dos ofensores.

Conforme Daniella Cavalcante, representante do 2º Juizado da Mulher de Goiânia, com a implantação da Central do Grupo Reflexivo, será possível ter acesso aos dados de autores de violência doméstica, e, com isso, facilitar a identificação da frequência deles no grupo. Para a representante do Conselho da Mulher, Ludimila Guimarães, o intuito dos entes públicos é permitir com que os ofensores não se sintam obrigados a frequentar o Grupo Reflexivo, mais sim obter esclarecimentos que visem melhorar o convívio familiar. Destacou, ainda, que a principal dificuldade do conselho é manter contato com os homens, uma vez que boa parte deles acaba não comparecendo aos grupos. “A nossa meta é ampliar o número de vagas”, frisou. Ela acredita que, para mudar essa realidade, é necessário ampliar o número de servidores.

Durante a cerimônia, a secretária executiva da Coordenadoria da Mulher do TJGO, Lucelma Messias, afirmou que a presidente da coordenadoria, desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis, se solidariza com o apoio dos parceiros que estão engajados em prol dos Grupos Reflexivos. (Texto: Acaray M. Silva - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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