A fim de coibir a violência doméstica, com conscientização de crianças e adolescentes, o Projeto Educação e Justiça: Lei Maria da Penha na Escola chegou neste semestre a mais quatro cidades goianas – Goiás, Itapuranga, Cavalcante e Itumbiara. A iniciativa consiste em capacitar e treinar professores e pedagogos para abordar, em sala de aula, temas como gênero, machismo e isonomia entre homens e mulheres. As aulas foram feitas on-line, entre abril e junho.

O projeto é uma iniciativa conjunta, articulada e integrada por profissionais do Poder Judiciário do Estado de Goiás, Secretaria de Estado, Cultura e Esporte de Goiás e secretarias municipais de Educação. O objetivo é propiciar debates e discussões sobre questões históricas e culturais relacionadas a essa temática e, ao mesmo tempo, contribuir para a formação de cidadãos com potencial transformador da realidade social. Nas comarcas que passam a aplicar a iniciativa, foram assinados termos de cooperação entre as respectivas prefeituras e a Coordenaria da Mulher em Situação de Violência Doméstica contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), liderada pela desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis.

Para a coordenadora do grupo, a escola é um “local que propicia a socialização e formação de crianças e adolescentes, possuindo a necessária e vital abertura para debates e reflexões. O ambiente escolar é parte fundamental no processo educacional para a formação de uma cultura preventiva e não violenta e que com este projeto trabalharemos a formação de uma nova consciência das crianças e adolescentes, torná-los cidadão com novos comportamentos e verdadeiros agentes transformadores da realidade”.

Segundo o juiz Vitor Umbelino, Coordenador Executivo do Projeto, “é fundamental trazer o tema da violência doméstica contra a mulher ao debate no âmbito familiar e escolar, como também difundir relevantes informações por meio da mídia e outros meios de comunicação que estejam ao alcance de todos. Cabe ao Estado, enquanto organização sociopolítica, a obrigação de delinear e implementar políticas públicas que busquem a desintegração de um contexto histórico-cultural deveras ultrapassado e que ainda se mostra como causa do fenômeno da violência contra a mulher”. Dessa forma, a presidente da Coordenadoria agradeceu o empenho dos juízes das comarcas que passam a fazer parte do projeto: Francielly Faria Morais, de Goiás; Érika Barbosa Gomes Cavalcante, de Itapuranga; Rodrigo Foureaux, Cavalcante; e Thaís Lopes Lanza Monteiro, de Itumbiara. (Texto: Lilian Cury - Centro de Comunicação Social do TJGO)

  •    

    Ouvir notícia: