Mais de 1,5 mil pessoas assistiram à palestra “Barreiras atitudinais: como construir uma sociedade mais inclusiva”, promovida pela Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) na quinta-feira (24). A exposição foi ministrada de forma on-line pela, analista judiciária da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, Luiza Cabistani, com transmissão pelo canal da Escola Judicial de Goiás (Ejug) no YouTube.

Segundo o coordenador da comissão responsável pelo evento, juiz Clauber Costa Abreu, “o sucesso do evento encerra com chave de ouro o ciclo de palestras realizadas para debater e promover a inclusão social e um ambiente de trabalho saudável”. Neste ano, foram ministradas exposições sobre políticas públicas, empatia, e legislação pertinente à temática dentro do “Projeto Todos por Todos no TJGO 2022”. Os eventos tiveram transmissão on-line, permitindo a participação de integrantes da magistratura, do quadro funcional e terceirizados participarem, mesmo à distância.

Na palestra que finalizou a agenda do ano, a convidada Luiza Cabistani falou que, para construir uma sociedade mais inclusiva é preciso mudar o olhar e a perspectiva da deficiência no mundo. “Faço uma provocação de que não é necessário superar a deficiência, mas sim os estereótipos envolvidos, a fim de realmente propiciar a inclusão”.

Em sua explanação, a palestrante, que é analista judiciária no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, apresentou dados que ressaltam a desigualdade de acessos e a falta de oportunidade às pessoas com deficiência. “Apenas 28,3% das pessoas com deficiência em idade apta para trabalhar estão empregadas. A renda média de uma trabalhadora ou trabalhador com deficiência é, em média 2/3 da renda de um salário de uma pessoa sem deficiência”.

No Poder Judiciário brasileiro, Luiza Cabistani também falou que os desafios precisam ser superados: apesar de o Brasil ter, dentre a população, 8,4% com deficiência, apenas 2% das servidoras e servidores da Justiça são deficientes físicos. Dentre magistradas e magistrados, esse número é de apenas 0,43%”. A palestrante concluiu que é preciso “dialogar sobre desigualdades e descriminações, incluir pessoas com deficiência na elaboração de projetos e iniciativas e inseri-las em posições de chefia”. (Texto: Lilian Cury - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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