O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por meio da Coordenadoria da Mulher, promove, neste sábado (11), uma ação preventiva para chamar a atenção do público que frequenta o Carnaval nos bares da capital para os assédios e agressões contra as mulheres que ocorrem durante a festividade. Trata-se do bloco carnavalesco Nem Vem – A Penha Vai Valer, que vai circular por avenidas e bares movimentados da cidade, para orientar o público sobre como agir nesses casos. O projeto faz parte das ações previstas na gestão 2023-2025, liderada pelo chefe do Poder Judiciário Estadual, desembargador Carlos França.

“A campanha, que precederá as festividades de Carnaval, tem como intuito gerar impacto social a partir da conscientização, prevenção e cuidado com mulheres e meninas, com vistas a reduzir as ocorrências de violência cometida contra elas, em locais privados ou públicos”, explicou a juíza auxiliar da Presidência, Sirlei Martins da Costa.

O bloco Nem Vem vai sair do Bar Cateretê, na Avenida T-2, às 11 horas, percorrer as ruas T- 53, T-35, T-55, T-3, onde o percurso será encerrado ao meio dia, na Cerrado Cervejaria. Os cerca de 120 participantes desfilarão com abadás com a impressão de um QR Code com todos os contatos emergenciais e de apoio à mulher. Além disso, os integrantes do bloco distribuirão adesivos para os frequentadores dos bares, que poderão levar esses telefones úteis colados ao corpo para não perder na folia.

Acompanhado pela Escola de Samba Beija Flor de Goiânia, o bloco Nem Vem terá também um carro de som, que será comandado pela cantora Mara Cristina, nome conhecido do público que gosta de samba em Goiânia e também servidora do TJGO. Além das músicas típicas de blocos carnavalescos, a cantora colocou em seu repertório a canção A Penha Vai Valer em ritmo de Carnaval. O evento contará com suporte de segurança, bombeiros e médicos. Para participar do bloco, os interessados devem entrar em contato pelo WhatsApp da Coordenadoria da Mulher (62) 99108-2133. As vagas são limitadas.

Nem Vem
O nome Nem Vem – A Penha vai Valer é uma referência à autonomia e ao direito da mulher de poder brincar o Carnaval sem ser assediada, desrespeitada ou violentada, além de uma demonstração de que a Lei que protege a mulher da violência funciona e será aplicada.

“A circulação pelas ruas e bares pode ser uma importante ferramenta para ajudar a criar um clima social adverso a este problema, porque promove, de forma efetiva, a prevenção e o cuidado com mulheres e meninas por meio da sensibilização”, afirmou a responsável pela Coordenadoria da Mulher, juíza Mariana Queiroz, que agradeceu a parceria da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-GO) e do Sindicato do Sistema do Comércio (Sindibares) e Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado de Goiás, além do patrocínio das empresas Dtec e Fellina Moda Íntima.

Feminicídios
Atualmente, existem em Goiás 322 casos de feminicídio e 122.302 mil ações de violência doméstica e familiar em tramitação no Estado, além de 16.818 pedidos de medidas protetivas em andamento. “Esse é o mais atual retrato da violência doméstica no Estado de Goiás. Então, toda ação que puder ajudar a proteger esse público é bem-vinda, principalmente em períodos críticos como essas festividades que envolvem muitos dias de folia e bebidas alcoólicas”, afirmou a magistrada. (Texto: Aline Leonardo - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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