A ré Maria Aparecida Lucinda Vieira, de 55 anos, vai a júri popular, nesta quarta-feira (22), acusada de matar o próprio filho, Rafael Freitas Silva, de 26 anos, a facadas. O crime ocorreu em 8 de novembro de 2020, por volta das 18h36, enquanto Rafael estava deitado em sua cama, na Rua 16, no Parque Residencial das Flores, em Anápolis. A sessão de julgamento será realizada, a partir das 8h30, no auditório Carlos Mendes, do Bloco E, da Faculdade Unievangélica, localizada na Avenida Universitária km3,5, Cidade Universitária, em Anápolis, sob a presidência do juiz Fernando Augusto Chacha, titular da comarca de Alexânia.  Além do júri oficial, um júri simulado será promovido para o aprendizado dos estudantes da instituição. 

O julgamento da mãe da vítima será realizado dentro do auditório da Faculdade Unievangélica em razão de a instituição de ensino superior contar com todo o suporte para um Tribunal do Júri, espaço que existe numa unidade do Poder Judiciário. O magistrado destacou que os acadêmicos da área de Direito terão a oportunidade de vivenciar toda a dinâmica de um júri, bem como unir a teoria e prática fomentada durante o desenvolvimento acadêmico na prática jurídica.

No dia do fato, a denunciada conversava com um homem não identificado na porta da casa, quando a vítima interveio, argumentando que tal individuo não poderia pernoitar no imóvel, circunstância que despertou a ira da mãe dele, que já estava embriagada. Ato contínuo, a denunciada esperou que seu filho, que também fazia uso frequente de bebidas alcoólicas, fosse se deitar e, na sequência, aproveitando-se do fato de que ele não poderia oferecer resistência, desferiu diversos golpes de faca contra a vítima, produzindo lesões que foram causa de sua morte.

Logo após desferir golpes de faca contra o seu filho, Maria Aparecida Lucinda Vieira foi presa em flagrante, ainda com a faca utilizada para a prática criminosa. No dia 10 de novembro de 2020, ela passou por audiência de custódia, ocasião em que alegou que sofria maus tratos, agressões, xingamentos e inclusive tentativas de abuso sexual diariamente dentro da sua própria casa pela vítima, contudo, sua prisão foi convertida em preventiva.

Com a juntada do inquérito policial no dia 20 de novembro de 2020, o representante do Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia contra ela, oportunidade em que foi determinada a citação da acusada. (Texto: Acaray Martins – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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