O Juiz Liciomar Fernandes da Silva, respondendo pela comarca de Uruana, condenou a mais de 20 anos de prisão os acusados de latrocínio (roubo seguido de morte) cometido contra o lavrador José Alves Rodrigues. 

Juliano César Pires das Chagas e Bruno Alves da Silva pegaram 21 anos de prisão e Luis Felipe Ferreira Silva, 20. O crime foi cometido no dia 3 de janeiro, quando eles foram até a residência de José, localizada em uma fazenda no município de Uruana, e o mataram para roubar uma moto, pequena quantia de dinheiro e duas armas.

Apesar de Juliano ter negado a autoria dos disparos, ele confessou em juízo ter atirado contra a vítima, causando-lhe a morte. “No caso em apreço, em que pese inexistir qualquer elemento probatório nesse sentido, cumpre acrescer que o próprio réu confessou ter efetuado disparos contra a vítima pelas costas, caindo por terra a excludente de ilicitude suscitada. É o suficiente”, destacou.

Para o juiz, todos que participam do latrocínio são responsáveis pelo resultado mais gravoso. "Diferentemente do alegado pelo corréu Bruno Alves da Silva, as provas amealhadas aos autos em consonância com as demais circunstâncias, revelaram de forma indubitável o seu envolvimento no crime", salientou o magistrado ao negar pedido de absolvição de Bruno, que afirmou ter ficado fora do assalto, comendo goiaba em outro local da fazenda. 

Liciomar refutou também os argumentos da defesa de Luis Felipe. Ao ser ouvido em juízo, ele confessou ter levado aos outros réus até à residência da vítima pelo valor de 20 reais. Afirmou ainda que, quando chegou ao local, não desceu da motocicleta, voltando de imediato para a cidade.

“A alegação de Luis Felipe Ferreira Silva, embora desprovida de qualquer elemento probatório, não tem o condão de afastar a sua responsabilidade no evento delituoso. Em que pese inexistir prova estreme de dúvida da coautoria, resta indubitável a sua participação no evento criminoso”, disse Liciomar ao destacar que a conduta de Luis Felipe foi determinante para a ocorrência do crime. (Texto: Arianne Lopes – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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