Lucas Félix Abreu Arantes, de 20 anos, foi condenado a seis anos de reclusão, em regime semiaberto, pelos crimes de roubo e corrupção de menor. O rapaz, que trabalhava como eletricista, foi acusado de assaltar duas estudantes, na companhia da namorada adolescente, no Bairro Goiá, em 16 de abril deste ano. A sentença é do juiz da 7ª Vara Criminal de Goiânia, Oscar de Oliveira Sá Neto, proferida 34 dias após o fato.

Consta dos autos que o rapaz dirigia uma motocicleta com a jovem na garupa, quando abordaram duas garotas, na porta do Colégio Estadual Luís Perillo. O casal, simulando estar munido de arma de fogo, ameaçou as vítimas para que entregassem seus celulares. Contudo, uma delas reagiu, entrando em luta corporal com os assaltantes. Uma testemunha conseguiu anotar a placa do veículo, antes que os dois evadissem do local.

A denúncia narra que, logo em seguida, uma viatura da Polícia Militar foi avisada e conseguiu interceptar a fuga dos namorados. Antes de parar a moto, Lucas teria tentado se livrar do celular roubado, atirando-o no chão. O aparelho foi apreendido pelos oficiais, que, posteriormente, o devolveram à vítima.

Na delegacia e em juízo, as garotas reconheceram Lucas e a namorada como autores do roubo e afirmaram que foram ameaçadas de morte por ambos. Lucas confessou o crime, mas afirmou que agiu por ordem da companheira, para que o relacionamento não terminasse. O rapaz também alegou que não agiram com violência nem teriam fingido portar um revólver – informações que não foram verossímeis, na opinião do magistrado.

Endossando a versão das vítimas, o juiz ouviu os policiais envolvidos na prisão em flagrante, que corroboraram a versão do roubo com ameaça e as marcas no rosto de uma das vítimas, demonstrando a agressão física.

Para o magistrado, ficou evidenciado que o casal “agiu em conluio e comunhão de esforços, restando, assim, demonstrada a união de propósitos entre eles para consecução da empreitada criminosa, não havendo sombra de dúvida que os dois participaram ativamente na execução do roubo”. (Texto: Lilian Cury – Centro de Comunicação Social do TJGO)

  •    

    Ouvir notícia: