O gestor de Projetos da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, juiz André Lacerda, participou na última quarta-feira (19), em Brasília, de reunião no gabinete do conselheiro do CNJ Márcio Freitas, supervisor da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, para mostrar a tecnologia que está sendo desenvolvida em Goiás no combate à violência contra as mulheres. O encontro também teve a participação do conselheiro do CNJ, Marcello Terto e de Arthur Castro, chefe de gabinete do conselheiro Márcio Freitas.


"Apresentamos o aplicativo Appenha, que é o piloto que está sendo desenvolvido pelo TJGO, em parceria com todos os órgãos do sistema de Justiça goianos, que dará maior empoderamento à mulher, no sentido de facilitar a denúncia, de encaminhar por meio de georreferenciamento a localização dela, além de fazer o acompanhamento de medidas protetivas e, assim, combater de forma mais eficaz a violência como um todo e, sobretudo, o feminicídio", explica André Lacerda.

O magistrado ressalta que o objetivo do CNJ é concentrar esforços para que todos os tribunais encaminhem seus projetos tecnológicos voltados ao combate à violência contra a mulher, a exemplo de aplicativos como estes e também o uso de inteligência artificial para criar-se mecanismos mais efetivos de monitoramento, a partir do preenchimento de formulários de avaliação de risco que podem ser incorporados aos sistemas digitais.

“A ideia é criar uma coordenação nacional, que compartilhe equipamentos e/ou dados acessíveis a todos os estados da federação, de forma a baratear custos pelo compartilhamento de tecnologias, além de tornar o enfrentamento da violência mais proativo, mais preventivo e mais efetivo. Posteriormente, serão realizadas reuniões temáticas com as secretarias de Segurança Pública, Ministério da Justiça, para que os outros órgãos de justiça possam colaborar de forma mais coordenada, além de se colocar em contato com todos os demais órgãos do sistema de justiça, explica.

De acordo com o juiz, em breve, segundo essa política pública de caráter nacional, "todas as mulheres do país terão acesso a essa tecnologia revolucionária no enfrentamento da violência doméstica e será possível fazer campanhas educativas para que os aplicativos sejam efetivamente utilizados em todo o seu potencial preventivo”, informa. (Texto: Karinthia Wanderley - Centro de Comunicação Social)


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