Depois que a esposa de Celestino Soares de Sousa, 75 anos, morreu, há dois anos, ele procurou a Justiça para conseguir a pensão por morte, cujo processo tramita há mais de um ano. A solução veio durante a realização do Mutirão Previdenciário, na comarca de Cavalcante, que ocorreu de quinta-feira (29) até hoje (31). Satisfeito com o resultado positivo e com todos os esclarecimentos necessários, o trabalhador disse que sempre acreditou que ia conseguir o benefício. “É um direito e eu acredito na Justiça”, revelou.

Desde que saiu da Bahia para tentar uma vida melhor em outro estado Celestino vive na comunidade calunga Vão do Moleque. Foi lá que ele conheceu a sua esposa com quem teve três filhos. Contudo, a saudade e as lembranças não o impediram de tentar conseguir a pensão. “Quando ela se foi eu também quis morrer, mas tive que pensar nos meus filhos”, emocionou-se. Com o dinheiro da pensão, Celestino sonha em arrumar a casa onde vive com a família. “Quero refazer a minha casa de tijolo, pois hoje vivo em um barraco de palha, e depois vou dividir o dinheiro com os meninos”, disse, com simplicidade e lágrimas nos olhos.

Durante os três dias foram realizadas cerca de 70 audiências de conciliação e de instrução e julgamento, todas coordenadas pelo juiz Eduardo Cardoso Gerhardt. O magistrado ressaltou que a ação é uma tentativa de amenizar os processos previdenciários. “Acredito que os resultados serão positivos. Nós aqui da comarca estamos empenhados com o mutirão”, frisou. O evento contou também com a presença da procuradora Nádia Alves Porto, do INSS, e o apoio dos servidores da comarca. (Texto: Arianne Lopes – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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