Será retomado nesta quarta-feira (5) pela Seção Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), a partir das 13 horas, o julgamento do recurso apresentado pela defesa do corretor Marco Antônio Bittencourt, acusado pelo assassinato do casal de médicos Ilda Ximenes e Júlio César Ximenes, em 4 de junho de 1997.

Na sessão anterior, o julgamento foi interrompido por um pedido de vista conjunto formulado pelo desembargador Itaney Francisco Campos e pelo juiz substituto em segundo grau Fábio Cristóvão de Campos Faria. O relator do caso, desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, votou pela manutenção da sentença condenatória e foi seguido por três outros membros do colegiado.

Somente após a conclusão do julgamento será possível conhecer a decisão final da Turma e ter acesso ao voto prevalecente. Marco Antônio Bittencourt foi condenado pelo 2º Tribunal do Júri de Goiânia, em 30 de março de 2006. O crime aconteceu em 4 de junho de 1997, em uma rua do Setor Faiçalville, na periferia de Goiânia. O casal foi encontrado morto a tiros dentro do Vectra KAY 9593, de Júlio César Ximenes. Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), o corretor de imóveis assassinou o casal para se ver livre de dívidas que teria contraído.

Conforme relatado nos autos, ele administrava negócios dos médicos em Caldas Novas e era incumbido de comprar imóveis, receber aluguéis e pagar taxas e impostos. De acordo com o órgão ministerial, Marco Antônio apropriou-se fraudulentamente do dinheiro de Júlio César e Ilda, deixando de saldar taxas e impostos, tendo até mesmo provocado o protesto de títulos em nome do casal. Além disso, mantinha um padrão de vida acima de suas possibilidades financeiras e, em função desse fato, acumulava dívidas.

Descoberta a fraude, houve estremecimento da relação e o casal começou a cobrar os valores devidos por Marco Antônio. O corretor então propôs realizar um negócio envolvendo uma área no Setor Goiânia 2, para saldar a dívida. Na sequência, atraiu o casal de médicos para a periferia da cidade, onde os executou. O crime teve grande repercussão em Goiânia e foi investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). (Texto: Myrelle Motta - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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