Foto dos participantes da videoconferência

O Programa Com Viver será implantado na comarca de Goiânia no segundo semestre deste ano. A novidade foi anunciada pelo coordenador da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do TJGO, juiz Clauber Costa Abreu, durante reunião do grupo realizada nesta quarta-feira (7). Inicialmente, quatro pessoas com deficiência – no caso síndrome de Down – irão atuar na comarca da capital, no setor de atendimento/informação e no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc).

“Essas pessoas estão passando por treinamento e acolhimento e nossa expectativa é que, com a vacinação contra a Covid-19 completa, elas possam estar aptas para exercer as atividades presenciais a partir de setembro. Tenho certeza que será muito positivo e teremos a possibilidade de ampliar esse quadro”, declarou o coordenador.


Idealizador do Com Viver – que consiste na inclusão de pessoas com deficiência, de ordem física e intelectual, especialmente as que têm deficiências associadas a déficits cognitivos (como as síndromes de Down, de Asperger, de Williams e autismo) para o exercício de atividades exclusivamente voluntárias – o juiz Thiago Inácio de Oliveira demonstrou seu entusiasmo e alegria com a implantação do programa pela Diretoria do Foro. “A comarca de Goiânia é uma referência importante e o propósito do programa é possibilitar a inclusão dessas pessoas e oferecer empoderamento e uma sensação de pertencimento, de acreditar que podem. Elas são seres ilimitados, como nós”, disse o magistrado.

Pauta
Dentre os assuntos da pauta, os integrantes da comissão ainda deliberaram sobre a minuta do Regimento Interno da Comissão e, ainda, conversaram sobre a primeira turma do Curso de Libras – Língua Brasileira de Sinais, iniciado em junho e promovido em parceria com a Escola Judicial de Goiás (Ejug). O juiz Clauber Costa Abreu comentou que a capacitação é “uma das maiores conquistas da Comissão” e reconheceu a dedicação do analista judiciário, José Gabriel Antunes Assis, ministrador da capacitação. “Eu tenho reforçado com os participantes que, neste momento, mais importante do que aprender a língua é fazer com que as pessoas com deficiência se sintam acolhidas ao ir ao fórum. A proposta é sensibilizá-los para minimizar os preconceitos que acontecem normalmente e dar voz aos surdos, pois eles têm os mesmos direitos que todos”, ressaltou José Gabriel.

Os integrantes também adiantaram algumas ideias para o mês Setembro Verde – dedicado a dar visibilidade à inclusão social da pessoa com deficiência – como a abertura de mais uma turma do Curso de Libras e a troca de experiências com outros ramos da justiça (Justiça Federal e tribunais do Trabalho e Eleitoral).

Num outro ponto, a juíza auxiliar da Presidência, Sirlei Martins da Costa, sugeriu que a comissão, em conjunto com os outros comitês da Política de Direitos Humanos, discuta a inserção de informações no sistema Projudi para que os processos do Judiciário goiano passem a conter dados relevantes referentes aos direitos humanos, tais como pessoa com deficiência, raça, gênero, nome social, dentre outros.

Participantes
Também participaram da reunião os juízes Lionardo José de Oliveira e Eduardo Perez Oliveira e as servidoras Ana Paula Osório, Dayane Monteiro S. Fernandes, Regina Aparecida Severino e Daniela Ferreira Souza Soares. (Texto: Daniela Becker - Centro de Comunicação Social do TJGO). 

 

 

 

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