O Jornal Hoje, da Rede Globo de televisão, repercutiu, nesta quarta-feira (26), o Justiça Itinerante, idealizado pelo chefe do Poder Judiciário goiano, desembargador Carlos França, para ampliar o acesso à justiça em comunidades distantes dos grandes centros e que, até quinta-feira (27), atua em Cavalcante, onde reside a maior comunidade quilombola do Brasil.

A repórter Giovanna Dourado (foto acima) acompanhou, durante todo o dia de ontem, o trabalho realizado pela Coordenadoria da Mulher do TJGO para divulgar a campanha Protege, lançada recentemente pelo tribunal goiano, que criou, dentro de seu sistema de gerenciamento de processos, um alerta de prioridade para que servidores e magistrados selecionem com rapidez os pedidos de medidas protetivas de urgência, que devem ser analisadas em até 24 horas.

“A imprensa tem tido um papel fundamental na divulgação dessa informação que, quanto mais difundida, mais colaborará com esse importante fator para as vítimas de violência doméstica: o tempo. Quanto mais rápida a concessão da medida, mais rapidamente a mulher estará protegida”, afirmou o presidente do TJGO, desembargador França.

 

Para que as informações sobre a campanha Protege e sobre a violência doméstica fossem repassadas de maneira simples e de fácil compreensão, foram elaboradas cenas do cotidiano da população de Cavalcante e região que retratavam vários tipos de violência contra a mulher, como as agressões física, financeira, sexual e moral. Elas foram encenadas pela assistente legislativa Denise Augusta Guimarães e Luan Vinícius dos Santos (foto acima), ambos moradores de Cavalcante e região com experiência em atuação. Eles também acompanharam a equipe da Coordenadoria da Mulher em visitas às casas mais distantes do centro da cidade para conscientização das mulheres da comarca.

“Era apenas uma encenação, mas ainda assim, quando terminou a apresentação, eu me senti mal, porque é terrível tratar uma mulher assim”, contou Luan, ator que interpretou um marido agressivo e ciumento. Já Denise disse ter se sentido gratificada por ter a oportunidade de ajudar a conscientizar suas conterrâneas. Ela alertou as mulheres para procurarem a justiça e não se deixarem abater diante das situações corriqueiras de violência que vivenciam e que, por serem tão comuns, nem sempre são identificadas como tal. “Nós mulheres devemos andar lado a lado e sermos corrente. A partir do momento que você se une a outras mulheres, você fica mais forte”, orientou. (Texto: Aline Leonardo - Fotos: Acaray Martins - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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