Com o objetivo de compreender e obter as ferramentas para adoção da Linguagem Simples de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por meio do Laboratório de Inovação e Inteligência (InovaJus), em parceria com a Escola Judicial (Ejug) iniciou, nesta segunda-feira (5), o curso “Linguagem Simples”, ministrado pela professora universitária Claudia Cappelli, e destinado a servidores e magistrados do Poder Judiciário estadual. O curso terá duração de três dias (5,6 e 7), das 8 às 18 horas.

A coordenadora do programa de Linguagem Simples do TJGO, Lidia de Assis e Souza, juíza auxiliar da Presidência do TJGO, destaca que o curso busca não só atender a uma determinação do Conselho Nacional de Justiça, mas também uma própria exigência social que existe hoje em dia de poder entender que os atos sentenciais, decisórios e  administrativos cheguem ao cidadão de maneira mais direta e acessível. "O objetivo desse curso é  espalhar a ideia de uma comunicação mais simples e direta entre os próprios servidores e magistrados, mas, principalmente, ao cidadão. É importante que ele compreenda perfeitamente o que nós estamos levando".

Primeiro passo

A juíza Nunziata Valenza Paiva, coordenadora-adjunta do programa de Linguagem Simples do TJGO,  reforça que a adesão ao Pacto Nacional da Linguagem Simples é um passo  para que as decisões, os atos do TJGO sejam bem  compreendidos por todos.  "A linguagem simples deve estar na carta de serviços que são disponibilizadas aos cidadãos. E esse curso será o primeiro passo do nosso Tribunal para a formação do corpo de servidores. Assim, vamos criar uma cultura interna e ativa de  linguagem simples", pontua. 

A professora Cláudia Cappelli, especialista em Linguagem Simples e Transparência da Informação, ressaltou a importância do uso da linguagem e parabenizou o TJGO pela iniciativa que, segundo ela, “em razão da adesão ao Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples, recomendado pelo CNJ em adotar a linguagem direta e simples a todos os cidadãos na produção das decisões judiciais e na comunicação geral com a sociedade”.

Perfil

Cláudia Cappelli é professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); pós-doutora em Computação e especialista em Linguagem Simples e Transparência da Informação. É também fundadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT-DD), representante do Brasil na Clarity, integrante da Plain International e do Grupo Gestor do Linguagem Simples LAB. Ela  já desenvolveu projetos de Linguagem Simples assim como já ministrou diversos treinamentos e oficinas em empresas como Caixa Econômica Federal (CEF), Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Receita Federal, TRE- RJ, TRE- SP, entre outras instituições e empresas.

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