Em homenagem aos 150 anos da morte de Joaquim José da Veiga Valle, um dos mais relevantes artistas sacros do Estado de Goiás, a Venerável Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos, com apoio do Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário do Estado de Goiás, realiza, entre os dias 21 e 27 de janeiro, a I Semana Veiga Valle. A abertura será no próximo domingo (21), com a exibição do filme Passos da Tradição, no Cine-Pireneus, em Pirenópolis, cidade natal do artista. Entre os dias 22 e 27, o evento será realizado na cidade de Goiás.

Constam na programação missas, exposição fotográfica e das obras do artista, além de visita guiada ao Museu de Arte Sacra da Boa Morte, onde estão expostas obras do artista, mesa-redonda com os principais pesquisadores da vida e obra de Veiga Valle, além de apresentações culturais.


Aleijadinho Goiano

“Ao ensejo da abertura da semana comemorativa do sesquicentenário de morte do meiapontense  José Joaquim da Veiga Valle, Veiga Valle, vilaboense por adoração e por vivência de metade da sua existência, o maior escultor barroco de Goiás e um dos maiores do Brasil, o “Aleijadinho Goiano”, uno-me aos promoventes dessa efeméride,  na justa homenagem que se lhe presta, pela importância do seu legado, festejado pelos admiradores e amantes dessa expressão cultural, em particular, por ser descendente direto da sua linhagem”, destacou o presidente da Comissão de Memória e Cultura do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Último representante do barroco brasileiro do século XIX

José Joaquim da Veiga Valle (1806-1874) nasceu em Meia Ponte (Pirenópolis) e teve sua formação artística e início na política nesse local. No ano de 1841, mudou-se para a capital da província, Goiás, onde ocupou o cargo de deputado provincial por seis mandatos. No entanto, sua glória está principalmente ligada à sua produção artística, especialmente na arte sacra.

De acordo com o professor e pesquisador da vida e obra de Veiga Valle, Fernando Martins dos Santos, após a morte do artista, em 1874, Veiga Valle foi esquecido por um tempo, mas ressurgiu durante a transferência da capital para Goiânia nas décadas de 1930 e 1940. Suas obras se encontram no Museu de Arte Sacra da Boa Morte, em Goiás, e ele é agora reconhecido como o último grande representante do barroco brasileiro do século XIX.

Apoio

A I Semana Veiga Valle também tem o apoio da Secretaria de Estado da Cultura,  Paróquia de Sant’Ana, Museu de Arte Sacra da Boa Morte, Casa de Cora Coralina, Instituto Biapó e Prefeitura Municipal de Goiás. (Texto: Karinthia Wanderley/ Foto: Agno Santos- Centro de Comunicação Social do TJGO)

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