O Núcleo de Justiça Restaurativa (Nucjur) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e a Escola Judicial de Goiás (Ejug) promoveram, nesta quinta (20), sob a coordenadoria do juiz Decildo Ferreira Lopes, a terceira etapa, prática, do programa de formação de servidores em Justiça Restaurativa. O evento, que reuniu servidores do Poder Judiciário, teve por objetivo formar capacitadores para utilizarem técnicas básicas de comunicação não violenta. O curso se encerra nesta sexta-feira (21).

O magistrado destacou que a existência desta formação é de extrema importância, haja vista que a capacitação dos servidores nesta metodologia vai abrir espaço para o desenvolvimento desse programa restaurativo, mas também de outros, que vão ajudar o Poder Judiciário a oferecer uma prestação jurisdicional mais atenta às reais necessidades das pessoas impactadas pelo crime ou pelo ato infracional.

Os servidores participaram de uma dinâmica com balões (foto abaixo), que uniam pessoas com diferentes situações e posicionamentos, promovendo não só diversão, mas também bem-estar geral do grupo no qual estavam inseridos. A metodologia utilizada permite que os integrantes possam aumentar o nível de socialização entre as pessoas que estão presentes e dispostas a participar, incentivando-as a expor sua opinião e assim promover o reconhecimento próprio e crescimento pessoal.

Segundo a assistente social e coordenadora técnica, Mônica Vieira da Silva Borges, o conteúdo programático inclui elementos necessários ao facilitador, tais como presença, empatia, escuta, bem como observar sem avaliar e identificação de sentimentos; entre outros. As aulas ministradas sincronizam texto orientador, vídeos e, também, depoimentos de facilitadores e participantes, baseados em estudos de caso.

No final de setembro deste ano, mais de 80 servidores encerram a etapa em EAD do curso. O projeto prevê que os servidores possam atuar como facilitadores de círculo de construção de paz, bem como desenvolverem programas de justiça restaurativa, e também criarem uma rede de atendimento especializado à vítima de crimes e atos infracionais.

Os facilitadores são os que conduzem os círculos restaurativos, já os instrutores capacitam pessoas para serem facilitadores. Os facilitadores atuam nas áreas de violência doméstica, da infância e juventude, questões criminais e como alternativas de solução de conflitos. (Texto/fotos: Acaray Martins - Centro de Comunicação Social do TJGO)